O que é Conhecimento: Conhecimento é o ato ou efeito de conhecer, é ter ideia ou a noção de alguma coisa. É o saber, a instrução e a informação.
APOSTILAS
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
domingo, 12 de novembro de 2017
Polícia Militar do Estado de São Paulo – PM-SP Soldado PM de 2ª Classe PARTE 01
Polícia Militar do Estado
de São Paulo – PM-SP
Soldado PM de 2ª Classe
Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). ................................................ 1
2. Sinônimos e antônimos. 3. Sentido próprio e figurado das palavras. .................................................................... 3
4. Pontuação. ........................................................................................................................................................................ 4
5. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção:
emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. .............................................................................. 5
6. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................................ 31
7. Regência verbal e nominal. ......................................................................................................................................... 34
8. Colocação pronominal. ................................................................................................................................................ 38
9. Crase. .............................................................................................................................................................................. 39
Matemática
1. Números inteiros: operações e propriedades. 2. Números racionais, representação fracionária e decimal:
operações e propriedades. ................................................................................................................................................. 1
3. Mínimo múltiplo comum. ............................................................................................................................................ 10
4. Razão e proporção. ...................................................................................................................................................... 11
5. Porcentagem. ................................................................................................................................................................ 14
6. Regra de três simples. ................................................................................................................................................. 16
7. Média aritmética simples. ........................................................................................................................................... 18
8. Equação do 1º grau. 9. Sistema de equações do 1º grau. ...................................................................................... 21
10. Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade. ............................................... 24
11. Relação entre grandezas: tabelas e gráficos. ......................................................................................................... 28
12. Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, teorema de Pitágoras. .............................................. 35
13. Raciocínio lógico. 14. Resolução de situações-problema. ................................................................................... 44
Conhecimentos Gerais
1. HISTÓRIA GERAL 1.1. Primeira Guerra Mundial. 1.2. O nazifascismo e a Segunda Guerra Mundial. 1.3. A
Guerra Fria. 1.4. Globalização e as políticas neoliberais. .............................................................................................. 1
2. HISTÓRIA DO BRASIL 2.1. A Revolução de 1930 e a Era Vargas. 2.2. As Constituições Republicanas. 2.3. A
estrutura política e os movimentos sociais no período militar. 2.4. A abertura política e a redemocratização do
Brasil. ................................................................................................................................................................................... 17
3. GEOGRAFIA GERAL 3.1. A nova ordem mundial, o espaço geopolítico e a globalização. 3.2. Os principais
problemas ambientais ...................................................................................................................................................... 23
4. GEOGRAFIA DO BRASIL 4.1. A natureza brasileira (relevo, hidrografia, clima e vegetação). 4.2. A população:
crescimento, distribuição, estrutura e movimentos. 4.3. As atividades econômicas: industrialização e
urbanização, fontes de energia e agropecuária. 4.4. Os impactos ambientais ....................................................... 38
5. ATUALIDADES Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e
internacionais, ocorridos a partir do 1º de março de 2017, divulgados na mídia local e/ou nacional ............. 67
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Noções Básicas de Informática
MS-Windows 7: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência,
manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de
aplicativos ............................................................................................................................................................................. 1
MS-Office 2010. MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos,
parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e
numeração de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto....... ......... 8
MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos,
elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos
predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de
dados. .................................................................................................................................................................................. 15
MS-PowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias,
cabeçalhos e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de
páginas, botões de ação, animação e transição entre slides. .................................................................................... 24
Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. ........... 30
Internet: Navegação Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas. ............................ 34
Noções de Administração Pública
1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1.1. Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais: Capítulo I – Dos Direitos
e Deveres Individuais e Coletivos; e Capítulo II – Dos Direitos Sociais; 1.2. Título III – Da Organização do Estado:
Capítulo VII – Da Administração Pública: Seção I – Disposições Gerais; Seção II – Dos Servidores Públicos; e
Seção III – Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. ............................................................ 1
2. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. 2.1. Título I – Dos Fundamentos do Estado. 2.2. Título II – Da
Organização e dos Poderes: Capítulo I – Disposições Preliminares; e Capítulo III – Do Poder Executivo. 2.3.
Título III – Da Organização do Estado: Capítulo I – Da Administração Pública: Seção I – Disposições Gerais:
artigos 111 a 114, e 115 “caput” e incisos I a X, XVIII, XIX, XXIV, XXVI e XXVII; Capítulo II – Dos Servidores
Públicos do Estado: Seção I – Dos Servidores Públicos Civis: artigo 124 “caput”, e artigos 125 a 137; Seção II –
Dos Servidores Públicos Militares; Capítulo III – Da Segurança Pública: Seção I – Disposições Gerais; Seção III
– Da Polícia Militar. 2.4. Título VII – Da Ordem Social: Capítulo III – Da Educação, da Cultura e dos Esportes e
Lazer: Seção I – Da Educação: artigos 237 a 249 e 251 a 258; Capítulo VII – Da Proteção Especial: Seção I – Da
Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem, do Idoso e dos Portadores de Deficiência. 2.5. Título VIII –
Disposições Constitucionais Gerais: artigos 284 a 291. ............................................................................................. 16
3. LEI Nº 10.261, de 28 de outubro de 1968 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado. ................ 24
4. LEI Nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998 – Regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Pública Estadual. ............................................................................................................................................................... 45
5. LEI COMPLEMENTAR Nº 893, de 09 de março de 2001 – Institui o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar
– RDPM. ............................................................................................................................................................................... 53
6. LEI COMPLEMENTAR Nº 1.080, de 17 de dezembro de 2008 – Institui Plano Geral de Cargos, Vencimentos
e Salários para os servidores das classes que especifica. 6.1. Capítulo I – Disposição Preliminar. 6.2. Capítulo II
– Do Plano Geral de Cargos, Vencimentos e Salários: Seção I – Disposições Gerais; Seção II – Do Ingresso; Seção
III – Do Estágio Probatório; Seção IV – Da Jornada de Trabalho, dos Vencimentos e das Vantagens Pecuniárias;
Seção VII – Da Progressão; Seção VIII – Da Promoção; Seção IX – Da Substituição. 6.3. Capítulo IV – Disposições
Finais: artigos 54 a 56....................................................................................................................................................... 65
7. LEI FEDERAL Nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 – Lei de Acesso à Informação; e Decreto n° 58.052, de
16 de maio de 2012. .......................................................................................................................................................... 69
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LÍNGUA PORTUGUESA
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Língua Portuguesa 1
APOSTILAS OPÇÃO
1. Leitura e interpretação de
diversos tipos de textos (literários
e não literários).
Interpretação de Texto
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade,
é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo,
possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso,
para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar
ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender,
primeiro, algumas definições importantes:
Texto
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de
modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um
símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de
televisão também são formas textuais.
Interlocutor
É a pessoa a quem o texto se dirige.
Texto-modelo
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você,
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente.
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando.
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com
outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…)
É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado,
das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante
da sua vida.”
(Revista Capricho)
Modelo de Perguntas
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem
é o seu interlocutor preferencial?
Um leitor jovem.
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem
a você identificar o interlocutor preferencial do texto?
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho
tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes.
A linguagem informal típica dos adolescentes.
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
assunto;
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
leitura;
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
menos duas vezes;
04) Inferir;
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
autor;
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
compreensão;
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada
questão;
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las;
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-ainterpretacao-
de-textos-em-provas/
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo
moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a
proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa
comunicação verbal, mas também à capacidade de entender
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está
relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do
código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de
textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas
dúvidas.
Uma interpretação de texto competente depende de
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes,
apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um
texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que
não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre
releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos
surpreendentes que não foram observados anteriormente.
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também
retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo,
isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo
menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar
que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo
uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando
ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor,
isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície
do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto
funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas
dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos!
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boainterpretacao-
texto.html
Questões
O uso da bicicleta no Brasil
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que
oferecem mais vantagens.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e
prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha;
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a
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Língua Portuguesa 2
APOSTILAS OPÇÃO
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão
espalhadas em pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte,
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas,
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes,
discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de
locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido
incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela
maioria dos moradores.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
demais meios de transporte.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
arriscada e pouco salutar.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos
objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é
mais seguro do que dirigir um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de
locomoção se consolidou no Brasil.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve
dar prioridade ao pedestre.
03. Considere o cartum de Evandro Alves.
Afogado no Trânsito
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
Televisão
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br.
Adaptado)
É correto concluir que, de acordo com o cartum,
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou
pela TV são equivalentes.
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação
mais ativa.
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém
que não sabe se distrair.
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir
a um programa de televisão.
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo
idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
Leia o texto para responder às questões:
Propensão à ira de trânsito
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas.
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas
também se engajam num comportamento de risco – algumas até
agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir
que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um
motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos.
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos
em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de
dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o
Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não
são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças
aprendem que as regras normais em relação ao comportamento
e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas
podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa
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Língua Portuguesa 3
APOSTILAS OPÇÃO
ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em
alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar
a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de
frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira
de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um
incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está
predisposta a apresentar um comportamento irracional quando
dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que
deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado
emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver
tentado a agir só com a emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/
furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é
correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto
comunitário do ato de dirigir.
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é
o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção
agressiva.
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de
experiências e atividades não só individuais como também
sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das
emoções positivas por parte dos motoristas.
Respostas
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
2. Sinônimos e antônimos. 3. Sentido
próprio e figurado das palavras.
Significação das palavras
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabola, que
por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser definida como
sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente
com a ideia associada a este conjunto.
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado.
Exemplo:
- Alfabeto, abecedário.
- Brado, grito, clamor.
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo
pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os
sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por
matizes de significação e certas propriedades que o escritor não
pode desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo,
aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios
da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem
à esfera da linguagem culta, literária, científica ou poética
(orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
A contribuição Greco-latina é responsável pela existência,
em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos:
- Adversário e antagonista.
- Translúcido e diáfano.
- Semicírculo e hemiciclo.
- Contraveneno e antídoto.
- Moral e ética.
- Colóquio e diálogo.
- Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese.
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia,
palavra que também designa o emprego de sinônimos.
Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos:
- Ordem e anarquia.
- Soberba e humildade.
- Louvar e censurar.
- Mal e bem.
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido
oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/
antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/
implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, comunista/
anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial.
Sentido Próprio e Figurado das Palavras
Pela própria definição acima destacada podemos perceber
que a palavra é composta por duas partes, uma delas relacionada
a sua forma escrita e os seus sons (denominada significante) e a
outra relacionada ao que ela (palavra) expressa, ao conceito que
ela traz (denominada significado).
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdividem-se
assim:
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido comum
que costumamos dar a uma palavra.
- Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figurado”, que
podemos dar a uma palavra.
Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes
contextos:
1. A cobra picou o menino. (cobra = tipo de réptil peçonhento)
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagradável, que
adota condutas pouco apreciáveis)
3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhece muito
sobre alguma coisa, “expert”)
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido comum
(ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido
figurado.
Podemos então concluir que um mesmo significante (parte
concreta) pode ter vários significados (conceitos).
Fonte:
http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-justica-tjmsp/
lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figurado-das-palavras.html
Questões
01. McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das
mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia,
implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um
envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá
a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que
quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência
da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade
e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas
morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos
participar.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas
em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos
usuários de distinguir essas variações como relevantes no
conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para
achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários
precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros,
aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito
de observações e reconhecer a organização geral da rede de que
participam.
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes
sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos
recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens
a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o
sentimento de pânico experimentados por um número crescente
de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou
quando ficam sem conexão com a Internet. Essa informação,
como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da
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Língua Portuguesa 4
APOSTILAS OPÇÃO
sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno
para o espírito.
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes.
Revista USP, no 92. Adaptado)
As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho
/ estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos
adequados respectivamente em:
a) procurar / gostar de / ilustrar
b) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
c) interferir / propor / embrutecer
d) intrometer-se / prezar / esclarecer
e) contrapor-se / consolidar / iluminar
02. A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os
combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiamse;
comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante,
naquele armistício transitório, uma legião desarmada,
mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos
em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória
tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele
triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraproducente
compensação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses e de
milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada humana –
do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda,
passando-lhes pelos olhos, num longo enxurro de carcaças e
molambos...
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender
uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado:
mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais,
moças envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma
fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos
aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando;
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de
velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e
mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante.
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos.
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de sinônimos?
a) Armistício – destruição
b) Claudicante – manco
c) Reveses – infortúnios
d) Fealdade – feiura
e) Opilados – desnutridos
Respostas
01. B\02. A
4. Pontuação.
Pontuação
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais
funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua
portuguesa.
Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
Ponto e Vírgula ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
2- Separa partes de frases que já estão separadas por
vírgulas.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio
e cobertor.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos,
decreto de lei, etc.
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia;
- Reunião com amigos.
Dois pontos
1- Antes de uma citação
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde
e calor à noite.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a
rotina de sempre.
4- Em frases de estilo direto
Maria perguntou:
- Por que você não toma uma decisão?
Ponto de Exclamação
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,
súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto!
- João! Há quanto tempo!
Ponto de Interrogação
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
Reticências
1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos...
2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Este mal... pega doutor?
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
- Deixa, depois, o coração falar...
Vírgula
Não se usa vírgula
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se
diretamente entre si:
a) entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado
b) entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
V.T.D.I. O.D. O.I.
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Língua Portuguesa 5
APOSTILAS OPÇÃO
c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto
adnominal.
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores
despertou reações entre os empresários.
adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal
Usa-se a vírgula:
- Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância,
vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir
mão dos lucros altos.
- Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio
de 1982.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos
em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
- Para marcar elipse (omissão) do verbo:
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
- Para isolar:
- o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um
trânsito caótico.
- o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem.
Questões
01. Assinale a alternativa em que a pontuação está
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a
ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas
da frase abaixo:
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem
ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho
oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
03. Os sinais de pontuação estão empregados corretamente
em:
A) Duas explicações, do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
B) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
C) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
D) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
E) Duas explicações, do treinamento para consultores
iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de
vendas associadas aos dois temas.
04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da
revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à
regência nominal e à pontuação.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais
notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em
outros.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em
outros.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente
seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em
outros.
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
outros.
Resposta
1-C 2-C 3-B 4-D
5. Classes de palavras:
substantivo, adjetivo, numeral,
pronome, verbo, advérbio,
preposição e conjunção:
emprego e sentido que imprimem
às relações que estabelecem.
Classes de Palavras
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica
se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida.
Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Classificação dos Artigos
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira
precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
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Língua Portuguesa 6
APOSTILAS OPÇÃO
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos
de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu
matei um animal.
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e
indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma
assumida por essas combinações:
Preposições Artigos
- o, os
a ao, aos
de do, dos
em no, nos
por (per) pelo, pelos
a, as um, uns uma, umas
à, às - -
da, das dum, duns duma, dumas
na, nas num, nuns numa, numas
pela, pelas - -
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
por crase.
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se
manifestam:
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral
“ambos”:
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do
artigo, outros não:
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar
toda uma espécie:
O trabalho dignifica o homem.
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo:
O Pedro é o xodó da família.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no
plural, são determinados pelo uso do artigo:
Os Maias, os Incas, Os Astecas...
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para
conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o
pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
(qualquer classe)
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo:
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de
aproximação numérica:
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.
- O artigo também é usado para substantivar palavras
oriundas de outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso.
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo
cujo (e flexões).
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
Este é o autor cuja obra conheço.
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido
de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que
venham especificadas.
Eles estavam em casa.
Eles estavam na casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra.
Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento,
com exceção de senhor(a), senhorita e dona.
Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome
de revistas, jornais, obras literárias.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
Morfossintaxe
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações
com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa,
o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo
a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo
substantivo:
A existência é uma poesia.
Uma existência é a poesia.
Questões
01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
A) Estes são os candidatos que lhe falei.
B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.
D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
E) Muito é a procura; pouca é a oferta.
02. Em qual dos casos o artigo denota familiaridade?
A) O Amazonas é um rio imenso.
B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.
C) O Antônio comunicou-se com o João.
D) O professor João Ribeiro está doente.
E) Os Lusíadas são um poema épico
03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está
substantivando uma palavra.
A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves.
B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas.
C) A navalha ia e vinha no couro esticado.
D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana.
E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada.
Respostas
1-B / 2-C / 3-D
Substantivo
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é
a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam
os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
-lugares: Alemanha, Porto Alegre...
-sentimentos: raiva, amor...
-estados: alegria, tristeza...
-qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria...
Morfossintaxe do substantivo
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar
como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como
núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo
do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos
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Língua Portuguesa 7
APOSTILAS OPÇÃO
de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas
funções são desempenhadas por grupos de palavras.
Classificação dos Substantivos
1- Substantivos Comuns e Próprios
Observe a definição:
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios,
dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município
é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e
edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade.
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma
mesma espécie de forma genérica.
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie
cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma
particular.
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
2 - Substantivos Concretos e Abstratos
LÂMPADA MALA
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com
existência própria, que são independentes de outros seres. São
assim, substantivos concretos.
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe,
independentemente de outros seres.
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo
real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília,
etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc.
Observe agora:
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
O substantivo beleza designa uma qualidade.
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que
dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa
que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar.
Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades,
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos,
e sem os quais não podem existir.
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
(sentimento).
3 - Substantivos Coletivos
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra
abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário
repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra
abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie
(abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma
espécie.
Formação dos Substantivos
Substantivos Simples e Compostos
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou
radical. É um substantivo simples.
Substantivo Simples: é aquele formado por um único
elemento.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora:
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais
elementos.
Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
Substantivos Primitivos e Derivados
Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá...
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de
nenhum outro dentro de língua portuguesa.
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma
outra palavra da própria língua portuguesa.
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
da palavra limão.
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra
palavra.
Flexão dos substantivos
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo,
pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos
Feminino: menina
Aumentativo: meninão
Diminutivo: menininho
Flexão de Gênero
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa,
há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao
gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O velho e o mar
Um Natal inesquecível
Os reis da praia
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem
vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim
Uma cidade sem passado
As tartarugas ninjas
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado
ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o
masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem
– mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o
feminino. Classificam-se em:
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
fêmea.
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Língua Portuguesa 8
APOSTILAS OPÇÃO
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo,
o indivíduo.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por
meio do artigo.
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Saiba que:
- Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma,
são masculinos.
o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
variam em seu significado.
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o
capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.
aluno - aluna
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino.
freguês - freguesa
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três
formas:
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana
d) Substantivos terminados em -or:
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final
por -a:
elefante - elefanta
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e
no feminino:
bode – cabra boi - vaca
h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial,
isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
czar – czarina réu - ré
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
- Epicenos:
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre
porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar
o masculino e o feminino.
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de
epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade
de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Sobrecomuns:
Entregue as crianças à natureza.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino,
quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem
um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que
se refere a palavra. Veja:
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria.
Outros substantivos sobrecomuns:
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
criatura.
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O
cônjuge de Marcela faleceu
Comuns de Dois Gêneros:
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez
que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante
da notícia informa-nos de que se trata de um homem.
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do
artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.
o colega - a colega
um jovem - uma jovem
artista famoso - artista famosa
- A palavra personagem é usada indistintamente nos dois
gêneros.
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
preferência pelo masculino:
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de
carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam
a personagem.
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma
personagem.
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte.
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
Masculinos
o tapa
o eclipse
o lança-perfume
o dó (pena)
o sanduíche
o clarinete
o champanha
o sósia
o maracajá
o clã
o hosana
o herpes
o pijama
Femininos
a dinamite
a áspide
a derme
a hélice
a alcíone
a filoxera
a clâmide
a omoplata
a cataplasma
a pane
a mascote
a gênese
a entorse
a libido
- São geralmente masculinos os substantivos de origem
grega terminados em -ma:
o grama (peso)
o quilograma
o plasma
o apostema
o diagrama
o epigrama
o telefonema
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Língua Portuguesa 9
APOSTILAS OPÇÃO
o estratagema
o dilema
o teorema
o apotegma
o trema
o eczema
o edema
o magma
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
Gênero dos Nomes de Cidades:
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
A histórica Ouro Preto.
A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
Uma Londres imensa e triste.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
Gênero e Significação:
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e
outra no feminino.
Observe:
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente
de um bloco carnavalesco, manejando um bastão)
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou
proibição de trânsito)
o cabeça (chefe)
a cabeça (parte do corpo)
o cisma (separação religiosa, dissidência)
a cisma (ato de cismar, desconfiança)
o cinza (a cor cinzenta)
a cinza (resíduos de combustão)
o capital (dinheiro)
a capital (cidade)
o coma (perda dos sentidos)
a coma (cabeleira)
o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro)
a coral (cobra venenosa)
o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e
de outros sacramentos)
a crisma (sacramento da confirmação)
o cura (pároco)
a cura (ato de curar)
o estepe (pneu sobressalente)
a estepe (vasta planície de vegetação)
o guia (pessoa que guia outras)
a guia (documento, pena grande das asas das aves)
o grama (unidade de peso)
a grama (relva)
o caixa (funcionário da caixa)
a caixa (recipiente, setor de pagamentos)
o lente (professor)
a lente (vidro de aumento)
o moral (ânimo)
a moral (honestidade, bons costumes, ética)
o nascente (lado onde nasce o Sol)
a nascente (a fonte)
Flexão de Número do Substantivo
Em português, há dois números gramaticais: o singular, que
indica um ser ou um grupo de seres, e
o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A
característica do plural é o “s” final.
Plural dos Substantivos Simples
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n”
fazem o plural pelo acréscimo de “s”.
pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no
plural).
Exceção: cânon - cânones.
b) Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
“ns”.
homem - homens.
c) Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
pelo acréscimo de “es”.
revólver – revólveres raiz - raízes
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se
no plural, trocando o “l” por “is”.
quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
e) Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas
maneiras:
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
f) Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas
maneiras:
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo
de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis:
o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
g) Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três
maneiras.
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
h) Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o
látex - os látex.
Plural dos Substantivos Compostos
A formação do plural dos substantivos compostos depende
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam
o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que
são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos
simples:
aguardente e aguardentes girassol e girassóis
pontapé e pontapés malmequer e malmequeres
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são
ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões.
Algumas orientações são dadas a seguir:
a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
formados de:
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Língua Portuguesa 10
APOSTILAS OPÇÃO
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e altofalantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água-decolônia
e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalovapor
e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determinante
do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo
anterior.
palavra-chave - palavras-chave
bomba-relógio - bombas-relógio
notícia-bomba - notícias-bomba
homem-rã - homens-rã
d) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas
e) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Plural das Palavras Substantivadas
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes
gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as
flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
O aluno errou na prova dos noves.
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não
variam no plural.
Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
Plural dos Diminutivos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e
acrescenta-se o sufixo diminutivo.
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
animai(s) + zinhos = animaizinhos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
flore(s) + zinhas = florezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas
papéi(s) + zinhos = papeizinhos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos
pé(s) + zitos = pezitos
Plural dos Nomes Próprios Personativos
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre
que a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados.
As Raquéis e Esteres.
Plural dos Substantivos Estrangeiros
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos
como na língua original, acrescentando -se “s” (exceto quando
terminam em “s” ou “z”).
os shows os shorts os jazz
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com
as regras de nossa língua:
os clubes os chopes
os jipes os esportes
as toaletes os bibelôs
os garçons os réquiens
Observe o exemplo:
Este jogador faz gols toda vez que joga.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
Plural com Mudança de Timbre
Certos substantivos formam o plural com mudança de
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético
chamado metafonia (plural metafônico).
Singular Plural Singular Plural
corpo (ô)
esforço
fogo
forno
fosso
imposto
olho
corpos (ó)
esforços
fogos
fornos
fossos
impostos
olhos
osso (ô)
ovo
poço
porto
posto
rogo
tijolo
ossos (ó)
ovos
poços
portos
postos
rogos
tijolos
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos,
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
molho (ó) = feixe (molho de lenha).
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
a) Há substantivos que só se usam no singular:
o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
b) Outros só no plural:
as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus
(naipes de baralho), as fezes.
c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular:
bem (virtude) e bens (riquezas)
honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem,
títulos)
d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com
sentido de plural:
Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
improvisadas.
Flexão de Grau do Substantivo
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as
variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado
normal. Por exemplo: casa
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser.
Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que
indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
aumento. Por exemplo: casarão.
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser.
Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que
indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
diminuição. Por exemplo: casinha.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php
Questões
01. A flexão de número do termo “preços-sombra” também
ocorre com o plural de
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Língua Portuguesa 11
APOSTILAS OPÇÃO
(A) reco-reco.
(B) guarda-costa.
(C) guarda-noturno.
(D) célula-tronco.
(E) sem-vergonha.
02. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam
flexionadas de acordo com a norma-padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
03. Indique a alternativa em que a flexão do substantivo está
errada:
A) Catalães.
B) Cidadãos.
C) Vulcães.
D) Corrimões.
Respostas
1-D / 2-D / 3-C
Adjetivo
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa
bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
moça bondade, pessoa bondade.
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro
de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Adjetivo Pátrio
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe
alguns deles:
Estados e cidades brasileiros:
Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense
Adjetivo Pátrio Composto
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo:
Competições teuto-inglesas
América américo- / Por exemplo: Companhia
américo-africana
Bélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgofranceses
China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispanoportuguês
Europa euro- / Por exemplo: Negociações euroamericanas
França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões
franco-italianas
Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras angloportuguesas
Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítaloportuguesa
Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipobrasileiras
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
Flexão dos adjetivos
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Gênero dos Adjetivos
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem
(masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos,
classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
outra para o feminino.
Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino
somente o último elemento.
Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norteamericana.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
político-social.
Número dos Adjetivos
Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos
simples.
Por exemplo:
mau e maus
feliz e felizes
ruim e ruins
boa e boas
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo,
ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é
originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando
um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável.
Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Veja outros exemplos:
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
Adjetivo Composto
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente,
esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento
concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam
na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que
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APOSTILAS OPÇÃO
formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado,
todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a
palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto;
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro
ficará invariável. Por exemplo:
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Observe
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
- O adjetivo composto pele-vermelha têm os dois elementos
flexionados.
Grau do Adjetivo
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a
intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
o comparativo e o superlativo.
Comparativo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade,
de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos
abaixo:
1) Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
2) Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de
Superioridade Analítico
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é
analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”.
3) O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de
Superioridade Sintético
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim.
São eles:
bom-melhor
pequeno-menor
mau-pior
alto-superior
grande-maior
baixo-inferior
Observe que:
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade,
pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas
entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar
as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais
pequeno.
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de
dois elementos.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas
qualidades de um mesmo elemento.
4) Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de
Inferioridade
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo
O superlativo expressa qualidades num grau muito
elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um
ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se
nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O
secretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
sufixos.
Por exemplo:
O secretário é inteligentíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
benéfico beneficentíssimo
bom boníssimo ou ótimo
comum comuníssimo
cruel crudelíssimo
difícil dificílimo
doce dulcíssimo
fácil facílimo
fiel fidelíssimo
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser
é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação
pode ser:
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc.,
antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas
formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem
vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo
latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo:
fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.
A forma popular é constituída do radical do adjetivo
português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo,
necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas
seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável
hiato i-í.
Questões
01. Leia o texto a seguir.
Violência epidêmica
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora
possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes
sociais, é nos bairros pobres que ela adquire características
epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades
de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes
centros urbanos e se dissemina pelo interior.
As estratégias que as sociedades adotam para combater a
violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito
pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos avanços
ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras
enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações
nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências
agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas
que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de
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Língua Portuguesa 13
APOSTILAS OPÇÃO
seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que
tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao
desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três
fatores principais na formação das personalidades com maior
inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos,
humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não
lhes impuseram limites de disciplina.
3) Associação com grupos de jovens portadores de
comportamento antissocial.
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças
que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à
falta de acesso aos recursos materiais, à desigualdade social,
esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a
violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a
resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o
criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto estiver
preso.
Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares
e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao
mesmo tempo, na prisão, terá criado novas amizades e conexões
mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda.
Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa,
aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias continuarão
superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a
criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo.
Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os
policiais a executar sua função com dignidade, criar leis que
acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e
construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas
preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão
capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de integrá-los
na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das
práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento
artístico.
(Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. Adaptado)
Em – características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas
corresponde a – características de epidemias.
Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo
em destaque corresponde, corretamente, à expressão indicada.
A) água fluvial – água da chuva.
B) produção aurífera – produção de ouro.
C) vida rupestre – vida do campo.
D) notícias brasileiras – notícias de Brasília.
E) costela bovina – costela de porco.
02.Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto:
A) azul-celeste
B) azul-pavão
C) surda-muda
D) branco-gelo
Respostas
1-B / 2-C
Pronome
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele
se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de
alguma forma.
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
[referência ao nome]
Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possuem significados
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de
um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata
daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no
ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos
e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal
apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar,
indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude
dessa característica, os pronomes apresentam uma forma
específica para cada pessoa do discurso.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número
(singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através
do pronome seja coerente em termos de gênero e número
(fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando
este se apresenta ausente no enunciado.
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile
da nossa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância
adequada]
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância
inadequada]
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Pronomes Pessoais
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”,
“você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”,
“eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de
quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções
que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
oblíquo.
Pronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença,
exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Nós lhe ofertamos flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o
quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi
ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”,
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os
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Língua Portuguesa 14
APOSTILAS OPÇÃO
pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a
na praça”, “Trouxeram-me até aqui”.
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas
verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do
verbo indicadas pelo pronome reto.
Fizemos boa viagem. (Nós)
Pronome Oblíquo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença,
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou
indireto) ou complemento nominal.
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante
do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da
oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Pronome Oblíquo Átono
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são
precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca.
Ele me deu um presente.
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
Observações:
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o
pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar
diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a
função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como
objetos diretos.
Saiba que:
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo,
mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, nola,
no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas
nos exemplos que seguem:
- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a
vocês?
- Sim, entreguei-to ainda há
pouco.
- Não, no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações não são usadas;
até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
Atenção:
Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois
de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z,
-s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo
tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo: fiz + o = fi-lo
fazei + o = fazei-os
dizer + a = dizê-la
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume
as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na
tem + as = tem-nas
Pronome Oblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre
precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de
e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim
configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico
são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os
pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.
Atenção:
Há construções em que a preposição, apesar de surgir
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo
verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito
expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso
reto.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.
- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes
originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de
companhia.
Ele carregava o documento consigo.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com
nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados
por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou
algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.
Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem
como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração.
Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo
verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.
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Língua Portuguesa 15
APOSTILAS OPÇÃO
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.
A Segunda Pessoa Indireta
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando
utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso
interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na
terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:
Pronomes de Tratamento
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e
oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de
universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento
cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus
Também são pronomes de tratamento o senhor, a
senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados
no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento
familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente;
em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à
linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em
relação à pessoa com quem falamos.
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este
encontro.
Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o
Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijamse
à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os
pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar
na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas,
para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim,
por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo
na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus
cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
cabelos. (correto)
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
Observe o quadro:
Número Pessoa Pronome
singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa
gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com
o objeto possuído.
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento
difícil.
Observações:
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da
alteração fonética da palavra senhor.
- Muito obrigado, seu José.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse.
Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade.
- Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado.
Ele já deve ter seus 40 anos.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo.
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
concorda com o mais próximo.
Trouxe-me seus livros e anotações.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos
átonos assumem valor de possessivo.
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a
posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto.
Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou
discurso.
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro
está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro
está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que
fala.
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Língua Portuguesa 16
APOSTILAS OPÇÃO
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de
fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro
localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação
ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade
destinatária).
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que
envia a mensagem).
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere
ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a
um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se
referindo a um passado distante.
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que
te indiquei.)
- mesmo(s), mesma(s):
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
- próprio(s), própria(s):
Os próprios alunos resolveram o problema.
- semelhante(s):
Não compre semelhante livro.
- tal, tais:
Tal era a solução para o problema.
Note que:
a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
construções redundantes, com finalidade expressiva, para
salientar algum termo anterior. Por exemplo:
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso.
Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
b) O pronome demonstrativo neutro ou pode representar
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que
aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto.
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer,
chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes
de).
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.
d) Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro
lugar.
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos;
aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado]
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica.
A menina foi a tal que ameaçou o professor?
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com
pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso,
nisso, no, etc.
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
Pronomes Indefinidos
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso,
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade
indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recémplantadas.
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano
que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou
não se quer revelar.
Classificam-se em:
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar
do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São
eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém,
outrem, quem, tudo.
Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora
pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco.
Os pronomes indefinidos podem ser divididos
em variáveis e invariáveis. Observe:
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto,
outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária,
tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns,
todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas,
nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo,
cada.
São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um,
qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for,
seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou
qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
Cada um escolheu o vinho desejado.
Indefinidos Sistemáticos
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
percebemos que existem alguns grupos que criam oposição
de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido
afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo;
todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/
nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém,
que se referem à pessoa, e algo/nada, que se referem à coisa;
certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
Essas oposições de sentido são muito importantes na
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos
expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes
indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem
parte:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
prático.
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
pessoas quaisquer.
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Língua Portuguesa 17
APOSTILAS OPÇÃO
Pronomes Relativos
São aqueles que representam nomes já mencionados
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um
grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros =
oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema”
é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome
demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
expresso.
Quem casa, quer casa.
Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais,
cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
Note que:
a) O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego,
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for
um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para
verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter
várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são
usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza
ou depois de determinadas preposições:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o
qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas
dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)
c) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se
refere a uma oração.
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a
sua vocação natural.
d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente,
mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais,
das quais.
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
(antecedente) (consequente)
e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente
um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Emprestei tantos quantos foram necessários.
(antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente)
f) O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre
precedido de preposição.
É um professor a quem muito devemos.
(preposição)
g) “Onde”, como pronome relativo, sempre possui
antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
A casa onde morava foi assaltada.
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em
que.
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
exterior.
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
- como (= pelo qual)
Não me parece correto o modo como você agiu semana
passada.
- quando (= em que)
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
numa só frase.
O futebol é um esporte.
O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
ocorrer a elipse do relativo “que”.
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria,
(que) fumava.
Pronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas
ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referemse
à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes
interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
preferes.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos
passageiros desembarcaram.
Sobre os pronomes:
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de
sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando
desempenha função de complemento. Vamos entender,
primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que
função exerce. Observe as orações:
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia ajudálo.
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto.
Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo
função de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a
segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia
ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do
pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo
“ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou
entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”)
estiver no infinitivo ou gerúndio.
Eu desejo lhe perguntar algo.
Eu estou perguntando-lhe algo.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos:
os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente
dos segundos que são sempre precedidos de preposição.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu
estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que
eu estava fazendo.
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Língua Portuguesa 18
APOSTILAS OPÇÃO
Questões
01. Observe as sentenças abaixo.
I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam.
II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamonos
inimigas desde aquele episódio.
III. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável.
O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma
culta da língua portuguesa em:
(A) apenas uma das sentenças
(B) apenas duas das sentenças.
(C) nenhuma das sentenças.
(D) todas as sentenças.
02. Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou
que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com
amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer.
Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará
formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo
mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de
transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam
o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos
fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais
que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos
mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são
mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem
fora dela.
Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito
geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo
mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles
transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe
apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando
uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos,
inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das
redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às
informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com
ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro
dizer “não” ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba
adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização
do conceito de amizade.
É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou
diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente
assimétrica. E isso faz com que as redes de “seguidores” e
“seguidos” de alguém possam se comunicar de maneira muito
mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo
Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu
que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si
independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto
em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas.
No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e
começar a te seguir. Nós não nos conhecemos.
Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu
nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também
podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você.
Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as
pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre
si.
Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internetestamudando-
amizade-619645.shtml>.
Considere as seguintes afirmações sobre a relação que se
estabelece entre algumas palavras do texto e os elementos a que
se referem.
I. No segmento que nascem, a palavra que se refere a
amizades.
II. O segmento elos fracos retoma o segmento uma forma
superficial de amizade.
III. Na frase Nós não nos conhecemos, o pronome Nós referese
aos pronomes eu e você.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
(E) I, II e III.
03. Observe a charge a seguir.
Em relação à charge acima, assinale a afirmativa inadequada.
(A) A fala do personagem é uma modificação intencional de
uma fala de Cristo.
(B) As duas ocorrências do pronome “eles” referem-se a
pessoas distintas.
(C) A crítica da charge se dirige às autoridades políticas no
poder.
(D) A posição dos braços do personagem na charge repete a
de Cristo na cruz.
(E) Os elementos imagísticos da charge estão distribuídos de
forma equilibrada.
Respostas
01. A\02. E\03. B
Verbo
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
ocorrência (nascer); desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus
possíveis significados. Observe que palavras como corrida,
chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns
verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as
possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Estrutura das Formas Verbais
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
apresentar os seguintes elementos:
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado
essencial do verbo. Por exemplo:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a
conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r
São três as conjugações:
1ª - Vogal Temática - A - (falar)
2ª - Vogal Temática - E - (vender)
3ª - Vogal Temática - I - (partir)
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o
tempo e o modo do verbo.
Por exemplo:
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa
a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou
plural).
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
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Língua Portuguesa 19
APOSTILAS OPÇÃO
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do
verbo: põe, pões, põem, etc.
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos
verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com
facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no
radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim
na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
Classificação dos Verbos
Classificam-se em:
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações
no radical.
Por exemplo: canto cantei cantarei cantava cantasse
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações
no radical ou nas desinências.
Por exemplo: faço fiz farei fizesse
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais.
- Impessoais: são os verbos que não têm sujeito.
Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
principais verbos impessoais são:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se
ou fazer (em orações temporais).
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia.
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci malhumorado”,
usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado.
Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado,
deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
d) São impessoais, ainda:
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo.
Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de,
indicando suficiência. Ex.:
Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem,
Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência
a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos,
então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser
possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos
pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de
animais; eis alguns:
bramar: tigre
bramir: crocodilo
cacarejar: galinha
coaxar: sapo
cricrilar: grilo
Os principais verbos unipessoais são:
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer,
ser (preciso, necessário, etc.).
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da
conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia.
(Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
- Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do
indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos
contextos.
verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do
indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é
o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a
popularização da informática, tem sido conjugado em todos os
tempos, modos e pessoas.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares
terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas
curtas (particípio irregular). Observe:
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular
Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto
e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical
em sua conjugação.
Por exemplo:
Ir Pôr Ser Saber
vou
vais
ides
fui
foste
ponho
pus
pôs
punha
sou
és
fui
foste
seja
sei
sabes
soube
saiba
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Língua Portuguesa 20
APOSTILAS OPÇÃO
f) Auxiliares
São aqueles que entram na formação dos tempos
compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando
acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Vou espantar as moscas.
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)
Está chegando a hora do debate.
(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e
haver.
Conjugação dos Verbos Auxiliares
SER - Modo Indicativo
Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos,
vós éreis, eles eram.
Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós
fomos, vós fostes, eles foram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós
fôramos, vós fôreis, eles foram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria,
nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.
Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,
vós sereis, eles serão.
Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
SER - Modo Subjuntivo
Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós
sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse,
se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido.
Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele
for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
Futuro Composto: tiver sido.
SER - Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede
vós, sejam eles.
Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos
nós, não sejais vós, não sejam eles.
Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por
sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
SER - Formas Nominais
Formas Nominais
Infinitivo: ser
Gerúndio: sendo
Particípio: sido
Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos
nós, serdes vós, serem eles.
ESTAR - Modo Indicativo
Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais,
eles estão.
Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós
estávamos, vós estáveis, eles estavam.
Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele
esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho estado.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu
estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles
estiveram.
Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele
estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão.
Futuro do Presente Composto: terei estado.
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam.
Futuro do Pretérito Composto: teria estado.
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo
Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam.
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles
estivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres,
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós
estiverdes, quando eles estiverem.
Futuro Composto: Tiver estado.
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós,
estai vós, estejam eles.
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles.
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele,
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles.
Formas Nominais
Infinitivo: estar
Gerúndio: estando
Particípio: estado
ESTAR - Formas Nominais
Infinitivo Impessoal: estar
Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes,
estarem.
Gerúndio: estando
Particípio: estado
HAVER - Modo Indicativo
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles
hão.
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós
havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele
houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho havido.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles
houveram.
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido.
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão.
Futuro do Presente Composto: terei havido.
Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam.
Futuro do Pretérito Composto: teria havido.
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Modo Subjuntivo
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós
hajamos, que vós hajais, que eles hajam.
Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles
houvessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido.
Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres,
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós
houverdes, quando eles houverem.
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Língua Portuguesa 21
APOSTILAS OPÇÃO
Futuro Composto: tiver havido.
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós,
hajam eles.
Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não
hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles.
Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver
ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.
HAVER - Formas Nominais
Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos,
haverdes, haverem.
Infinitivo Pessoal: haver
Gerúndio: havendo
Particípio: havido
TER - Modo Indicativo
Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes,
eles têm.
Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós
tínhamos, vós tínheis, eles tinham.
Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós
tivemos, vós tivestes, eles tiveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho tido.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras,
ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido.
Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós
teremos, vós tereis, eles terão.
Futuro do Presente: terei tido.
Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria,
nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
Futuro do Pretérito composto: teria tido.
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Modo Subjuntivo
Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que
nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.
Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele
tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver,
quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Futuro Composto: tiver tido.
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós,
tende vós, tenham eles.
Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não
tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.
Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por
termos nós, por terdes vós, por terem eles.
g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com
os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma
pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais
acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio
sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os
pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se,
ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos
verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita
no radical do verbo. Por exemplo:
Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem
um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma,
pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o
pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Dizse
que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e
respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito
faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos
transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser
conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se
chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria
penteou-me.
Observações:
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais,
são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes,
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito,
exercem funções sintáticas.
Por exemplo:
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto
direto) - 1ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três
modos:
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo:
Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por
exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por
exemplo: Estuda agora, menino.
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas
que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais.
Observe:
- a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro.
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal;
nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.:termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.:terdes (vós)
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.:terem (eles)
Por exemplo:
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
- c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou
advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
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Língua Portuguesa 22
APOSTILAS OPÇÃO
advérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso;
na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
- d) Particípio: quando não é empregado na formação dos
tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e
grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
(adjetivo verbal). Por exemplo:
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala,
a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Veja:
1. Tempos do Indicativo
- Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo:
Eu estudo neste colégio.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num
momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi
interrompido.
- Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido
num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve
início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.
Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames.
- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido
antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já tinha
estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma
composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
(forma simples)
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã.
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve
ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado
antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal,
os alunos já terão terminado o teste.
- Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por
exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
- Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que
poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
passado. Por exemplo: Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria
viajado nas férias.
2. Tempos do Subjuntivo
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento
atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas
posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que
ele vencesse o jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções
em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo:
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente
terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha
estudado bastante, não passou no teste.
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode
ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo:
Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que
indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
levará as encomendas.
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior
ao momento atual mas já terminado antes de outro fato
futuro. Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o
visitaremos.
Presente do Indicativo
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação / Desinência
pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
Pretérito Perfeito do Indicativo
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação/Desinência
pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM AM
Pretérito mais-que-perfeito
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pess.
1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR - -
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
Pretérito Imperfeito do Indicativo
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM
Futuro do Presente do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão
Futuro do Pretérito do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM
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Língua Portuguesa 23
APOSTILAS OPÇÃO
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a
desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou
pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
1ª conj./2ª conj./3ª conju./Des.Temp./Des.temp./Des. pess
1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a
desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse
tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.
1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal
1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência
-STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendose,
assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a
desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
correspondente.
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temp. /Desin. pess.
1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM
Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente
do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do
plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm,
sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo
Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a
negação às formas do presente do subjuntivo.
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa
(singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se
fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu),
sede (vós).
Infinitivo Impessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM
Questões
01. Considere o trecho a seguir. É comum que objetos
___ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos
poderiam ser evitados se as pessoas ______ a atenção voltada
para seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Assinale a
alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
do texto.
(A) sejam … mantesse
(B) sejam … mantivessem
(C) sejam … mantém
(D) seja … mantivessem
(E) seja … mantêm
02. Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão
apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução
verbal em destaque expressa ação
(A) concluída.
(B) atemporal.
(C) contínua.
(D) hipotética.
(E) futura.
03. (Escrevente TJ SP Vunesp) Sem querer estereotipar,
mas já estereotipando: trata--se de um ser cujas interações sociais
terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
(C) adotar como referência de qualidade.
(D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.
Respostas
1-B / 2-C / 3-E
Advérbio
O advérbio, assim como muitas outras palavras existentes
na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo,
tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade,
contiguidade.
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Língua Portuguesa 24
APOSTILAS OPÇÃO
Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no
sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias
em que esse processo se desenvolve.
O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de
caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não
é modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também
modifica o adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns
exemplos:
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto,
você está até bem informado.
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo
alheio, representando uma qualidade, característica.
O artista canta muito mal.
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro
advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos
verificar que se tratava de somente uma palavra funcionando
como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por
mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar
tal função. Temos aí o que chamamos de locução adverbial,
representada por algumas expressões, tais como: às vezes, sem
dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras.
Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo das
circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classificam em
distintas categorias, uma vez expressas por:
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às
claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado
a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam
em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente,
bondosamente, generosamente
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de
muito, por completo.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim,
afinal, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes,
à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos,
em breve, hoje em dia
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde,
longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora,
alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda,
ao lado, em volta
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente,
provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto,
efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras,
indubitavelmente
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente,
simplesmente, só, unicamente
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
de designação: Eis
de interrogação: onde?(lugar), como?(modo),
quando?(tempo), por quê?(causa), quanto?(preço e intensidade),
para quê?(finalidade)
Locução adverbial
É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
Exemplo:
Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
Há locuções adverbiais que possuem advérbios
correspondentes.
Exemplo:
Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente.
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são
flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única
flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios
é a de grau:
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
inconstitucionalissimamente, etc;
Diminutivo: diminui a intensidade.
Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar -
devagarinho,
Questões
01. Leia os quadrinhos para responder a questão.
(Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano. Português. Volume
Único)
No primeiro e segundo quadrinhos, estão em destaque dois
advérbios: AÍ e ainda.
Considerando que advérbio é a palavra que modifica
um verbo, um outro advérbio ou um adjetivo, expressando
a circunstância em que determinado fato ocorre, assinale
a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as
circunstâncias expressas por eles.
A) Lugar e negação.
B) Lugar e tempo.
C) Modo e afirmação.
D) Tempo e tempo.
E) Intensidade e dúvida.
02. Leia o texto a seguir.
Impunidade é motor de nova onda de agressões
Repetidos episódios de violência têm sido noticiados nas
últimas semanas. Dois que chamam a atenção, pela banalidade
com que foram cometidos, estão gerando ainda uma série de
repercussões.
Em Natal, um garoto de 19 anos quebrou o braço da
estudante de direito R.D., 19, em plena balada, porque ela teria
recusado um beijo. O suposto agressor já responde a uma ação
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Língua Portuguesa 25
APOSTILAS OPÇÃO
penal, por agressão, movida por sua ex-mulher.
No mesmo final de semana, dois amigos que saíam de uma
boate em São Paulo também foram atacados por dois jovens
que estavam na mesma balada, e um dos agredidos teve a perna
fraturada. Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
sucesso, de duas garotas que eram amigas dos rapazes que
saíam da boate. Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não
passou de um engano e que o rapaz teria fraturado a perna ao
cair no chão.
Curiosamente, também é possível achar um blog que diz
que R.D., em Natal, foi quem atacou o jovem e que seu braço se
quebrou ao cair no chão.
Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos
felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão
ajudar a polícia na investigação.
O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
quebrando por aí ao cair no chão, não é mesmo? As agressões
devem ser rigorosamente apuradas e, se houver culpados, que
eles sejam julgados e condenados.
A impunidade é um dos motores da onda de violência que
temos visto. O machismo e o preconceito são outros. O perfil
impulsivo de alguns jovens (amplificado pela bebida e por
outras substâncias) completa o mecanismo que gera agressões.
Sem interferir nesses elementos, a situação não vai mudar.
Maior rigor da justiça, educação para a convivência com o outro,
aumento da tolerância à própria frustração e melhor controle
sobre os impulsos (é normal levar um “não”, gente!) são alguns
dos caminhos.
(Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, 24.10.2011. Adaptado)
Assinale a alternativa cuja expressão em destaque apresenta
circunstância adverbial de modo.
A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda
uma série de repercussões.
B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em
plena balada…
C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
sucesso, de duas amigas…
D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou
de um engano...
E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
quebrando por aí…
03. Leia o texto a seguir.
Cultura matemática
Hélio Schwartsman
SÃO PAULO – Saiu mais um estudo mostrando que o ensino
de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é: podemos
viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito
tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito
com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas
quais os números não encontravam muito espaço, como direito,
jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente.
Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios
universitários, é considerado aceitável que um intelectual se
vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá
da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou
dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão
recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na
manga da camisa.
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo
para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras
técnicas.
Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as
armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil
até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem
assimilar toda a numeralha que idealmente as informa.
Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito
para compreender as novas pesquisas que trazem informações
relevantes para nossa saúde e bem-estar.
A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes
especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da
mecânica quântica indicam que existem universos paralelos,
isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene
Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão
eficaz para exprimir as leis da física.
Releia os trechos apresentados a seguir.
- Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras
podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números
não encontravam muito espaço... (1.º parágrafo)
- Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental...(3.º
parágrafo)
Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e
respectivamente, circunstâncias de
A) afirmação e de intensidade.
B) modo e de tempo.
C) modo e de lugar.
D) lugar e de tempo.
E) intensidade e de negação.
Respostas
1-B / 2-C / 3-B
Preposição
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar
termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente
há uma subordinação do segundo termo em relação ao
primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores
semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente
como preposições.
A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre,
para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes
gramaticais que podem atuar como preposições.
Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão,
visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo
como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas.
Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de
acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de,
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por
trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode
unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em
gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da
preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra
palavra pode se dar a partir de dois processos:
1. Combinação: A preposição não sofre alteração.
preposição a + artigos definidos o, os
a + o = ao
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
Preposição + Artigos
De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s)
De + um = dum
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Língua Portuguesa 26
APOSTILAS OPÇÃO
De + uns = duns
De + uma = duma
De + umas = dumas
Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
Em + um = num
Em + uma = numa
Em + uns = nuns
Em + umas = numas
A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)
Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s)
De + esse(s) = desse(s)
De + essa(s) = dessa(s)
De + aquele(s) = daquele(s)
De + aquela(s) = daquela(s)
De + isto = disto
De + isso = disso
De + aquilo = daquilo
De + aqui = daqui
De + aí = daí
De + ali = dali
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s)
Em + este(s) = neste(s)
Em + esta(s) = nesta(s)
Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto
Em + isso = nisso
Em + aquilo = naquilo
A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s)
A + aquilo = àquilo
Dicas sobre preposição
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal
oblíquo e artigo. Como distingui-los?
- Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo.
Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular
e feminino.
A dona da casa não quis nos atender.
Como posso fazer a Joana concordar comigo?
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar
um tratamento adequado.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/
ou a função de um substantivo.
Temos Maria como parte da família. / A temos como parte
da família
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. /
Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
preposições:
Destino = Irei para casa.
Modo = Chegou em casa aos gritos.
Lugar = Vou ficar em casa;
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o
tratamento.
Instrumento = Escreveu a lápis.
Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
Companhia = Estarei com ele amanhã.
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
Questões
01. Leia o texto a seguir.
“Xadrez que liberta”: estratégia, concentração e reeducação
João Carlos de Souza Luiz cumpre pena há três anos e dois
meses por assalto. Fransley Lapavani Silva está há sete anos
preso por homicídio. Os dois têm 30 anos. Além dos muros,
grades, cadeados e detectores de metal, eles têm outros pontos
em comum: tabuleiros e peças de xadrez.
O jogo, que eles aprenderam na cadeia, além de uma válvula
de escape para as horas de tédio, tornou-se uma metáfora para o
que pretendem fazer quando estiverem em liberdade.
“Quando você vai jogar uma partida de xadrez, tem que pensar
duas, três vezes antes. Se você movimenta uma peça errada,
pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate,
instantaneamente. Se eu for para a rua e movimentar a peça
errada, eu posso perder uma peça muito importante na minha
vida, como eu perdi três anos na cadeia. Mas, na rua, o problema
maior é tomar o xeque-mate”, afirma João Carlos.
O xadrez faz parte da rotina de cerca de dois mil internos
em 22 unidades prisionais do Espírito Santo. É o projeto “Xadrez
que liberta”. Duas vezes por semana, os presos podem praticar
a atividade sob a orientação de servidores da Secretaria de
Estado da Justiça (Sejus). Na próxima sexta-feira, será realizado
o primeiro torneio fora dos presídios desde que o projeto foi
implantado. Vinte e oito internos de 14 unidades participam da
disputa, inclusive João Carlos e Fransley, que diz que a vitória
não é o mais importante.
“Só de chegar até aqui já estou muito feliz, porque eu não
esperava. A vitória não é tudo. Eu espero alcançar outras coisas
devido ao xadrez, como ser olhado com outros olhos, como
estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido
ao bom comportamento”.
Segundo a coordenadora do projeto, Francyany Cândido
Venturin, o “Xadrez que liberta” tem provocado boas mudanças
no comportamento dos presos. “Tem surtido um efeito positivo
por eles se tornarem uma referência positiva dentro da unidade,
já que cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e
pensam melhor nas suas ações, refletem antes de tomar uma
atitude”.
Embora a Sejus não monitore os egressos que ganham a
liberdade, para saber se mantêm o hábito do xadrez, João Carlos
já faz planos. “Eu incentivo não só os colegas, mas também
minha família. Sou casado e tenho três filhos. Já passei para a
minha família: xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar”.
“Medidas de promoção de educação e que possibilitem que o
egresso saia melhor do que entrou são muito importantes. Nós
não temos pena de morte ou prisão perpétua no Brasil. O preso
tem data para entrar e data para sair, então ele tem que sair
sem retornar para o crime”, analisa o presidente do Conselho
Estadual de Direitos Humanos, Bruno Alves de Souza Toledo.
(Disponível em: www.inapbrasil.com.br/en/noticias/xadrez-queliberta-
estrategia-concentracao-e-reeducacao/6/noticias. Adaptado)
No trecho –... xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar.– o
termo em destaque expressa relação de
A) espaço, como em – Nosso diretor foi até Brasília para falar
do projeto “Xadrez que liberta”.
B) inclusão, como em – O xadrez mudou até o nosso modo
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de São Paulo – PM-SP
Soldado PM de 2ª Classe
Língua Portuguesa
1. Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). ................................................ 1
2. Sinônimos e antônimos. 3. Sentido próprio e figurado das palavras. .................................................................... 3
4. Pontuação. ........................................................................................................................................................................ 4
5. Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção:
emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem. .............................................................................. 5
6. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................................ 31
7. Regência verbal e nominal. ......................................................................................................................................... 34
8. Colocação pronominal. ................................................................................................................................................ 38
9. Crase. .............................................................................................................................................................................. 39
Matemática
1. Números inteiros: operações e propriedades. 2. Números racionais, representação fracionária e decimal:
operações e propriedades. ................................................................................................................................................. 1
3. Mínimo múltiplo comum. ............................................................................................................................................ 10
4. Razão e proporção. ...................................................................................................................................................... 11
5. Porcentagem. ................................................................................................................................................................ 14
6. Regra de três simples. ................................................................................................................................................. 16
7. Média aritmética simples. ........................................................................................................................................... 18
8. Equação do 1º grau. 9. Sistema de equações do 1º grau. ...................................................................................... 21
10. Sistema métrico: medidas de tempo, comprimento, superfície e capacidade. ............................................... 24
11. Relação entre grandezas: tabelas e gráficos. ......................................................................................................... 28
12. Noções de geometria: forma, perímetro, área, volume, teorema de Pitágoras. .............................................. 35
13. Raciocínio lógico. 14. Resolução de situações-problema. ................................................................................... 44
Conhecimentos Gerais
1. HISTÓRIA GERAL 1.1. Primeira Guerra Mundial. 1.2. O nazifascismo e a Segunda Guerra Mundial. 1.3. A
Guerra Fria. 1.4. Globalização e as políticas neoliberais. .............................................................................................. 1
2. HISTÓRIA DO BRASIL 2.1. A Revolução de 1930 e a Era Vargas. 2.2. As Constituições Republicanas. 2.3. A
estrutura política e os movimentos sociais no período militar. 2.4. A abertura política e a redemocratização do
Brasil. ................................................................................................................................................................................... 17
3. GEOGRAFIA GERAL 3.1. A nova ordem mundial, o espaço geopolítico e a globalização. 3.2. Os principais
problemas ambientais ...................................................................................................................................................... 23
4. GEOGRAFIA DO BRASIL 4.1. A natureza brasileira (relevo, hidrografia, clima e vegetação). 4.2. A população:
crescimento, distribuição, estrutura e movimentos. 4.3. As atividades econômicas: industrialização e
urbanização, fontes de energia e agropecuária. 4.4. Os impactos ambientais ....................................................... 38
5. ATUALIDADES Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e
internacionais, ocorridos a partir do 1º de março de 2017, divulgados na mídia local e/ou nacional ............. 67
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Noções Básicas de Informática
MS-Windows 7: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência,
manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de
aplicativos ............................................................................................................................................................................. 1
MS-Office 2010. MS-Word 2010: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos,
parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e
numeração de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto....... ......... 8
MS-Excel 2010: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos,
elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos
predefinidos, controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de
dados. .................................................................................................................................................................................. 15
MS-PowerPoint 2010: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias,
cabeçalhos e rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, numeração de
páginas, botões de ação, animação e transição entre slides. .................................................................................... 24
Correio Eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. ........... 30
Internet: Navegação Internet, conceitos de URL, links, sites, busca e impressão de páginas. ............................ 34
Noções de Administração Pública
1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1.1. Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais: Capítulo I – Dos Direitos
e Deveres Individuais e Coletivos; e Capítulo II – Dos Direitos Sociais; 1.2. Título III – Da Organização do Estado:
Capítulo VII – Da Administração Pública: Seção I – Disposições Gerais; Seção II – Dos Servidores Públicos; e
Seção III – Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. ............................................................ 1
2. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. 2.1. Título I – Dos Fundamentos do Estado. 2.2. Título II – Da
Organização e dos Poderes: Capítulo I – Disposições Preliminares; e Capítulo III – Do Poder Executivo. 2.3.
Título III – Da Organização do Estado: Capítulo I – Da Administração Pública: Seção I – Disposições Gerais:
artigos 111 a 114, e 115 “caput” e incisos I a X, XVIII, XIX, XXIV, XXVI e XXVII; Capítulo II – Dos Servidores
Públicos do Estado: Seção I – Dos Servidores Públicos Civis: artigo 124 “caput”, e artigos 125 a 137; Seção II –
Dos Servidores Públicos Militares; Capítulo III – Da Segurança Pública: Seção I – Disposições Gerais; Seção III
– Da Polícia Militar. 2.4. Título VII – Da Ordem Social: Capítulo III – Da Educação, da Cultura e dos Esportes e
Lazer: Seção I – Da Educação: artigos 237 a 249 e 251 a 258; Capítulo VII – Da Proteção Especial: Seção I – Da
Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem, do Idoso e dos Portadores de Deficiência. 2.5. Título VIII –
Disposições Constitucionais Gerais: artigos 284 a 291. ............................................................................................. 16
3. LEI Nº 10.261, de 28 de outubro de 1968 – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado. ................ 24
4. LEI Nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998 – Regula o processo administrativo no âmbito da Administração
Pública Estadual. ............................................................................................................................................................... 45
5. LEI COMPLEMENTAR Nº 893, de 09 de março de 2001 – Institui o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar
– RDPM. ............................................................................................................................................................................... 53
6. LEI COMPLEMENTAR Nº 1.080, de 17 de dezembro de 2008 – Institui Plano Geral de Cargos, Vencimentos
e Salários para os servidores das classes que especifica. 6.1. Capítulo I – Disposição Preliminar. 6.2. Capítulo II
– Do Plano Geral de Cargos, Vencimentos e Salários: Seção I – Disposições Gerais; Seção II – Do Ingresso; Seção
III – Do Estágio Probatório; Seção IV – Da Jornada de Trabalho, dos Vencimentos e das Vantagens Pecuniárias;
Seção VII – Da Progressão; Seção VIII – Da Promoção; Seção IX – Da Substituição. 6.3. Capítulo IV – Disposições
Finais: artigos 54 a 56....................................................................................................................................................... 65
7. LEI FEDERAL Nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 – Lei de Acesso à Informação; e Decreto n° 58.052, de
16 de maio de 2012. .......................................................................................................................................................... 69
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LÍNGUA PORTUGUESA
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Língua Portuguesa 1
APOSTILAS OPÇÃO
1. Leitura e interpretação de
diversos tipos de textos (literários
e não literários).
Interpretação de Texto
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao
conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler e não
apenas “passar os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade,
é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de
qualquer texto, seja literário, informativo, persuasivo, narrativo,
possibilidades que se misturam e as tornam infinitas. É preciso,
para uma boa leitura, exercitar-se na arte de pensar, de captar
ideias, de investigar as palavras… Para isso, devemos entender,
primeiro, algumas definições importantes:
Texto
O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de
organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de
modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um
símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de
televisão também são formas textuais.
Interlocutor
É a pessoa a quem o texto se dirige.
Texto-modelo
“Não é preciso muito para sentir ciúme. Bastam três – você,
uma pessoa amada e uma intrusa. Por isso todo mundo sente.
Se sua amiga disser que não, está mentindo ou se enganando.
Quem agüenta ver o namorado conversando todo animado com
outra menina sem sentir uma pontinha de não-sei-o-quê? (…)
É normal você querer o máximo de atenção do seu namorado,
das suas amigas, dos seus pais. Eles são a parte mais importante
da sua vida.”
(Revista Capricho)
Modelo de Perguntas
1) Considerando o texto-modelo, é possível identificar quem
é o seu interlocutor preferencial?
Um leitor jovem.
2) Quais são as informações (explícitas ou não) que permitem
a você identificar o interlocutor preferencial do texto?
Do contexto podemos extrair indícios do interlocutor
preferencial do texto: uma jovem adolescente, que pode ser
acometida pelo ciúme. Observa-se ainda , que a revista Capricho
tem como público-alvo preferencial: meninas adolescentes.
A linguagem informal típica dos adolescentes.
09 DICAS PARA MELHORAR A INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
01) Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
assunto;
02) Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
leitura;
03) Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
menos duas vezes;
04) Inferir;
05) Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06) Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
autor;
07) Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor
compreensão;
08) Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada
questão;
09) O autor defende ideias e você deve percebê-las;
Fonte: http://portuguesemfoco.com/09-dicas-para-melhorar-ainterpretacao-
de-textos-em-provas/
Não saber interpretar corretamente um texto pode gerar
inúmeros problemas, afetando não só o desenvolvimento
profissional, mas também o desenvolvimento pessoal. O mundo
moderno cobra de nós inúmeras competências, uma delas é a
proficiência na língua, e isso não se refere apenas a uma boa
comunicação verbal, mas também à capacidade de entender
aquilo que está sendo lido. O analfabetismo funcional está
relacionado com a dificuldade de decifrar as entrelinhas do
código, pois a leitura mecânica é bem diferente da leitura
interpretativa, aquela que fazemos ao estabelecer analogias e
criar inferências. Para que você não sofra mais com a análise de
textos, elaboramos algumas dicas para você seguir e tirar suas
dúvidas.
Uma interpretação de texto competente depende de
inúmeros fatores, mas nem por isso deixaremos de contemplar
alguns que se fazem essenciais para esse exercício. Muitas vezes,
apressados, descuidamo-nos das minúcias presentes em um
texto, achamos que apenas uma leitura já se faz suficiente, o que
não é verdade. Interpretar demanda paciência e, por isso, sempre
releia, pois uma segunda leitura pode apresentar aspectos
surpreendentes que não foram observados anteriormente.
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, você pode também
retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo,
isso certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto.
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo
menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar
que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo
uma relação hierárquica do pensamento defendido, retomando
ideias supracitadas ou apresentando novos conceitos.
Para finalizar, concentre-se nas ideias que de fato foram
explicitadas pelo autor: os textos argumentativos não costumam
conceder espaço para divagações ou hipóteses, supostamente
contidas nas entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor,
isso não quer dizer que você precise ficar preso na superfície
do texto, mas é fundamental que não criemos, à revelia do
autor, suposições vagas e inespecíficas. Quem lê com cuidado
certamente incorre menos no risco de tornar-se um analfabeto
funcional e ler com atenção é um exercício que deve ser
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós
leitores proficientes e sagazes. Agora que você já conhece nossas
dicas, desejamos a você uma boa leitura e bons estudos!
Fonte: http://portugues.uol.com.br/redacao/dicas-para-uma-boainterpretacao-
texto.html
Questões
O uso da bicicleta no Brasil
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil
ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países
como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez
mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
comparação entre todos os meios de transporte, um dos que
oferecem mais vantagens.
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas
e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais
na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e
prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta
no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes
não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo
e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha;
a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos
motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o
favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito
bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em
parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um
ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos,
Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a
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Língua Portuguesa 2
APOSTILAS OPÇÃO
esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto
em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é
semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários
devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é
R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema
durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em
todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão
espalhadas em pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não
sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte,
ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de
um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas,
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes,
discussões e acidentes que poderiam ser evitados.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso
é tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos
e deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos
pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de
locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido
incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela
maioria dos moradores.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os
demais meios de transporte.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade
arriscada e pouco salutar.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos
objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é
mais seguro do que dirigir um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio de
locomoção se consolidou no Brasil.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista deve
dar prioridade ao pedestre.
03. Considere o cartum de Evandro Alves.
Afogado no Trânsito
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum é
(A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
(B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
(C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
(D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
(E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
Televisão
(http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br.
Adaptado)
É correto concluir que, de acordo com o cartum,
(A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro ou
pela TV são equivalentes.
(B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma imaginação
mais ativa.
(C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém
que não sabe se distrair.
(D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto assistir
a um programa de televisão.
(E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo
idêntico, embora ler seja mais prazeroso.
Leia o texto para responder às questões:
Propensão à ira de trânsito
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas.
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas
também se engajam num comportamento de risco – algumas até
agem especificamente para irritar o outro motorista ou impedir
que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um
motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante.
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos.
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no
momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos concentrarmos
em nós mesmos, descartando o aspecto comunitário do ato de
dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o
Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsito não
são os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças
aprendem que as regras normais em relação ao comportamento
e à civilidade não se aplicam quando dirigimos um carro. Elas
podem ver seus pais envolvidos em comportamentos de disputa
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Língua Portuguesa 3
APOSTILAS OPÇÃO
ao volante, mudando de faixa continuamente ou dirigindo em
alta velocidade, sempre com pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era descarregar
a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a descarga de
frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma situação de ira
de trânsito, a descarga de frustrações pode transformar um
incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está
predisposta a apresentar um comportamento irracional quando
dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior parte das
pessoas fica emocionalmente incapacitada quando dirige. O que
deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente de seu estado
emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo quando estiver
tentado a agir só com a emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/
furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é
correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à
medida que os motoristas se envolvem em decisões conscientes.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto
comunitário do ato de dirigir.
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é
o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção
agressiva.
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de
experiências e atividades não só individuais como também
sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das
emoções positivas por parte dos motoristas.
Respostas
1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
2. Sinônimos e antônimos. 3. Sentido
próprio e figurado das palavras.
Significação das palavras
Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabola, que
por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser definida como
sendo um conjunto de letras ou sons de uma língua, juntamente
com a ideia associada a este conjunto.
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado.
Exemplo:
- Alfabeto, abecedário.
- Brado, grito, clamor.
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo
pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os
sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por
matizes de significação e certas propriedades que o escritor não
pode desconhecer. Com efeito, estes têm sentido mais amplo,
aqueles, mais restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios
da fala corrente, desataviada, vulgar, outros, ao invés, pertencem
à esfera da linguagem culta, literária, científica ou poética
(orador e tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
A contribuição Greco-latina é responsável pela existência,
em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos:
- Adversário e antagonista.
- Translúcido e diáfano.
- Semicírculo e hemiciclo.
- Contraveneno e antídoto.
- Moral e ética.
- Colóquio e diálogo.
- Transformação e metamorfose.
- Oposição e antítese.
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia,
palavra que também designa o emprego de sinônimos.
Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos:
- Ordem e anarquia.
- Soberba e humildade.
- Louvar e censurar.
- Mal e bem.
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido
oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/
antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/
implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, comunista/
anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial.
Sentido Próprio e Figurado das Palavras
Pela própria definição acima destacada podemos perceber
que a palavra é composta por duas partes, uma delas relacionada
a sua forma escrita e os seus sons (denominada significante) e a
outra relacionada ao que ela (palavra) expressa, ao conceito que
ela traz (denominada significado).
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdividem-se
assim:
- Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido comum
que costumamos dar a uma palavra.
- Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figurado”, que
podemos dar a uma palavra.
Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes
contextos:
1. A cobra picou o menino. (cobra = tipo de réptil peçonhento)
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagradável, que
adota condutas pouco apreciáveis)
3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que conhece muito
sobre alguma coisa, “expert”)
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido comum
(ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em sentido
figurado.
Podemos então concluir que um mesmo significante (parte
concreta) pode ter vários significados (conceitos).
Fonte:
http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-justica-tjmsp/
lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figurado-das-palavras.html
Questões
01. McLuhan já alertava que a aldeia global resultante das
mídias eletrônicas não implica necessariamente harmonia,
implica, sim, que cada participante das novas mídias terá um
envolvimento gigantesco na vida dos demais membros, que terá
a chance de meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que
quiser das informações que conseguir. A aclamada transparência
da coisa pública carrega consigo o risco de fim da privacidade
e a superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas
morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos
participar.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais, apenas
em número de atualizações nas páginas e na capacidade dos
usuários de distinguir essas variações como relevantes no
conjunto virtualmente infinito das possibilidades das redes. Para
achar o fio de Ariadne no labirinto das redes sociais, os usuários
precisam ter a habilidade de identificar e estimar parâmetros,
aprender a extrair informações relevantes de um conjunto finito
de observações e reconhecer a organização geral da rede de que
participam.
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes
sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos
recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens
a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o
sentimento de pânico experimentados por um número crescente
de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo móvel ou
quando ficam sem conexão com a Internet. Essa informação,
como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir os poros da
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Língua Portuguesa 4
APOSTILAS OPÇÃO
sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto um veneno
para o espírito.
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes.
Revista USP, no 92. Adaptado)
As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho
/ estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos
adequados respectivamente em:
a) procurar / gostar de / ilustrar
b) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
c) interferir / propor / embrutecer
d) intrometer-se / prezar / esclarecer
e) contrapor-se / consolidar / iluminar
02. A entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os
combatentes contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiamse;
comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante,
naquele armistício transitório, uma legião desarmada,
mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos
em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória
tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele
triunfo. Envergonhava. Era, com efeito, contraproducente
compensação a tão luxuosos gastos de combates, de reveses e de
milhares de vidas, o apresamento daquela caqueirada humana –
do mesmo passo angulhenta e sinistra, entre trágica e imunda,
passando-lhes pelos olhos, num longo enxurro de carcaças e
molambos...
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender
uma arma, nem um peito resfolegante de campeador domado:
mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais,
moças envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma
fealdade, escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos
aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando;
crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de
velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e
mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante.
(CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos.
Edição Especial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de sinônimos?
a) Armistício – destruição
b) Claudicante – manco
c) Reveses – infortúnios
d) Fealdade – feiura
e) Opilados – desnutridos
Respostas
01. B\02. A
4. Pontuação.
Pontuação
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais
funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua
portuguesa.
Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
se encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
Ponto e Vírgula ( ; )
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
importância.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
2- Separa partes de frases que já estão separadas por
vírgulas.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio
e cobertor.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos,
decreto de lei, etc.
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola;
- Caminhada na praia;
- Reunião com amigos.
Dois pontos
1- Antes de uma citação
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:
2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde
e calor à noite.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a
rotina de sempre.
4- Em frases de estilo direto
Maria perguntou:
- Por que você não toma uma decisão?
Ponto de Exclamação
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto,
súplica, etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto!
- João! Há quanto tempo!
Ponto de Interrogação
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)
Reticências
1- Indica que palavras foram suprimidas.
- Comprei lápis, canetas, cadernos...
2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Este mal... pega doutor?
4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
- Deixa, depois, o coração falar...
Vírgula
Não se usa vírgula
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se
diretamente entre si:
a) entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado
b) entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
V.T.D.I. O.D. O.I.
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Língua Portuguesa 5
APOSTILAS OPÇÃO
c) entre nome e complemento nominal; entre nome e adjunto
adnominal.
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores
despertou reações entre os empresários.
adj. adnominal nome adj. adn. complemento nominal
Usa-se a vírgula:
- Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância,
vem caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias
não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir
mão dos lucros altos.
- Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio
de 1982.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos
em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
- Para marcar elipse (omissão) do verbo:
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
- Para isolar:
- o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um
trânsito caótico.
- o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem.
Questões
01. Assinale a alternativa em que a pontuação está
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa.
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora,
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou
a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse
ajudar a revelar quem era a sua dona.
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a
ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas
da frase abaixo:
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem
ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho
oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
03. Os sinais de pontuação estão empregados corretamente
em:
A) Duas explicações, do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
B) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
C) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
D) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar das metas de
vendas associadas aos dois temas.
E) Duas explicações, do treinamento para consultores
iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a construção
de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar das metas, de
vendas associadas aos dois temas.
04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da
revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à
regência nominal e à pontuação.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais
notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em
outros.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente
seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em
outros.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente
seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em
outros.
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
outros.
Resposta
1-C 2-C 3-B 4-D
5. Classes de palavras:
substantivo, adjetivo, numeral,
pronome, verbo, advérbio,
preposição e conjunção:
emprego e sentido que imprimem
às relações que estabelecem.
Classes de Palavras
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica
se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida.
Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Classificação dos Artigos
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira
precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
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Língua Portuguesa 6
APOSTILAS OPÇÃO
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos
de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu
matei um animal.
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e
indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma
assumida por essas combinações:
Preposições Artigos
- o, os
a ao, aos
de do, dos
em no, nos
por (per) pelo, pelos
a, as um, uns uma, umas
à, às - -
da, das dum, duns duma, dumas
na, nas num, nuns numa, numas
pela, pelas - -
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida
por crase.
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se
manifestam:
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral
“ambos”:
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do
artigo, outros não:
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar
toda uma espécie:
O trabalho dignifica o homem.
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo:
O Pedro é o xodó da família.
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no
plural, são determinados pelo uso do artigo:
Os Maias, os Incas, Os Astecas...
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para
conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o
pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
(qualquer classe)
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo:
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de
aproximação numérica:
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.
- O artigo também é usado para substantivar palavras
oriundas de outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso.
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo
cujo (e flexões).
Este é o homem cujo amigo desapareceu.
Este é o autor cuja obra conheço.
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa (no sentido
de lar, moradia) e terra (no sentido de chão firme), a menos que
venham especificadas.
Eles estavam em casa.
Eles estavam na casa dos amigos.
Os marinheiros permaneceram em terra.
Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento,
com exceção de senhor(a), senhorita e dona.
Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome
de revistas, jornais, obras literárias.
Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
Morfossintaxe
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações
com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa,
o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo
a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo
substantivo:
A existência é uma poesia.
Uma existência é a poesia.
Questões
01. Determine o caso em que o artigo tem valor qualificativo:
A) Estes são os candidatos que lhe falei.
B) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera.
C) Certeza e exatidão, estas qualidades não as tenho.
D) Os problemas que o afligem não me deixam descuidado.
E) Muito é a procura; pouca é a oferta.
02. Em qual dos casos o artigo denota familiaridade?
A) O Amazonas é um rio imenso.
B) D. Manuel, o Venturoso, era bastante esperto.
C) O Antônio comunicou-se com o João.
D) O professor João Ribeiro está doente.
E) Os Lusíadas são um poema épico
03.Assinale a alternativa em que o uso do artigo está
substantivando uma palavra.
A) A liberdade vai marcar a poesia social de Castro Alves.
B) Leitor perspicaz é aquele que consegue ler as entrelinhas.
C) A navalha ia e vinha no couro esticado.
D) Haroldo ficou encantado com o andar de bailado de Joana.
E) Bárbara dirigia os olhos para a lua encantada.
Respostas
1-B / 2-C / 3-D
Substantivo
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é
a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam
os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
-lugares: Alemanha, Porto Alegre...
-sentimentos: raiva, amor...
-estados: alegria, tristeza...
-qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria...
Morfossintaxe do substantivo
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto
direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar
como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como
núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo
do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos
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Língua Portuguesa 7
APOSTILAS OPÇÃO
de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas
funções são desempenhadas por grupos de palavras.
Classificação dos Substantivos
1- Substantivos Comuns e Próprios
Observe a definição:
s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios,
dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município
é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e
edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade.
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma
mesma espécie de forma genérica.
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie
cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma
particular.
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
2 - Substantivos Concretos e Abstratos
LÂMPADA MALA
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com
existência própria, que são independentes de outros seres. São
assim, substantivos concretos.
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe,
independentemente de outros seres.
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo
real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília,
etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc.
Observe agora:
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
O substantivo beleza designa uma qualidade.
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que
dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa
que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar.
Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades,
ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos,
e sem os quais não podem existir.
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
(sentimento).
3 - Substantivos Coletivos
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra
abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário
repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra
abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie
(abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo
estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma
espécie.
Formação dos Substantivos
Substantivos Simples e Compostos
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou
radical. É um substantivo simples.
Substantivo Simples: é aquele formado por um único
elemento.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora:
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos
(guarda + chuva). Esse substantivo é composto.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais
elementos.
Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
Substantivos Primitivos e Derivados
Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá...
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de
nenhum outro dentro de língua portuguesa.
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma
outra palavra da própria língua portuguesa.
O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir
da palavra limão.
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra
palavra.
Flexão dos substantivos
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo,
pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos
Feminino: menina
Aumentativo: meninão
Diminutivo: menininho
Flexão de Gênero
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa,
há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao
gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
O velho e o mar
Um Natal inesquecível
Os reis da praia
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem
vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim
Uma cidade sem passado
As tartarugas ninjas
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes
de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado
ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o
masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem
– mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o
feminino. Classificam-se em:
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos.
a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
fêmea.
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Língua Portuguesa 8
APOSTILAS OPÇÃO
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas.
a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo,
o indivíduo.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por
meio do artigo.
o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista.
Saiba que:
- Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma,
são masculinos.
o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero,
variam em seu significado.
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o
capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.
aluno - aluna
b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino.
freguês - freguesa
c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três
formas:
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
- troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana
d) Substantivos terminados em -or:
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:
cônsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final
por -a:
elefante - elefanta
g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e
no feminino:
bode – cabra boi - vaca
h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial,
isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
czar – czarina réu - ré
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
- Epicenos:
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre
porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar
o masculino e o feminino.
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de
epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade
de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Sobrecomuns:
Entregue as crianças à natureza.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino,
quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem
um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que
se refere a palavra. Veja:
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria.
Outros substantivos sobrecomuns:
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
criatura.
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O
cônjuge de Marcela faleceu
Comuns de Dois Gêneros:
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez
que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante
da notícia informa-nos de que se trata de um homem.
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do
artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo.
o colega - a colega
um jovem - uma jovem
artista famoso - artista famosa
- A palavra personagem é usada indistintamente nos dois
gêneros.
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
preferência pelo masculino:
O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de
carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino:
O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam
a personagem.
Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma
personagem.
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte.
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
Masculinos
o tapa
o eclipse
o lança-perfume
o dó (pena)
o sanduíche
o clarinete
o champanha
o sósia
o maracajá
o clã
o hosana
o herpes
o pijama
Femininos
a dinamite
a áspide
a derme
a hélice
a alcíone
a filoxera
a clâmide
a omoplata
a cataplasma
a pane
a mascote
a gênese
a entorse
a libido
- São geralmente masculinos os substantivos de origem
grega terminados em -ma:
o grama (peso)
o quilograma
o plasma
o apostema
o diagrama
o epigrama
o telefonema
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Língua Portuguesa 9
APOSTILAS OPÇÃO
o estratagema
o dilema
o teorema
o apotegma
o trema
o eczema
o edema
o magma
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
Gênero dos Nomes de Cidades:
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
A histórica Ouro Preto.
A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
Uma Londres imensa e triste.
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
Gênero e Significação:
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e
outra no feminino.
Observe:
o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente
de um bloco carnavalesco, manejando um bastão)
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou
proibição de trânsito)
o cabeça (chefe)
a cabeça (parte do corpo)
o cisma (separação religiosa, dissidência)
a cisma (ato de cismar, desconfiança)
o cinza (a cor cinzenta)
a cinza (resíduos de combustão)
o capital (dinheiro)
a capital (cidade)
o coma (perda dos sentidos)
a coma (cabeleira)
o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro)
a coral (cobra venenosa)
o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e
de outros sacramentos)
a crisma (sacramento da confirmação)
o cura (pároco)
a cura (ato de curar)
o estepe (pneu sobressalente)
a estepe (vasta planície de vegetação)
o guia (pessoa que guia outras)
a guia (documento, pena grande das asas das aves)
o grama (unidade de peso)
a grama (relva)
o caixa (funcionário da caixa)
a caixa (recipiente, setor de pagamentos)
o lente (professor)
a lente (vidro de aumento)
o moral (ânimo)
a moral (honestidade, bons costumes, ética)
o nascente (lado onde nasce o Sol)
a nascente (a fonte)
Flexão de Número do Substantivo
Em português, há dois números gramaticais: o singular, que
indica um ser ou um grupo de seres, e
o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A
característica do plural é o “s” final.
Plural dos Substantivos Simples
a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n”
fazem o plural pelo acréscimo de “s”.
pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no
plural).
Exceção: cânon - cânones.
b) Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em
“ns”.
homem - homens.
c) Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural
pelo acréscimo de “es”.
revólver – revólveres raiz - raízes
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se
no plural, trocando o “l” por “is”.
quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
e) Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas
maneiras:
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
f) Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas
maneiras:
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo
de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis:
o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
g) Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três
maneiras.
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
h) Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o
látex - os látex.
Plural dos Substantivos Compostos
A formação do plural dos substantivos compostos depende
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam
o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que
são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos
simples:
aguardente e aguardentes girassol e girassóis
pontapé e pontapés malmequer e malmequeres
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são
ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões.
Algumas orientações são dadas a seguir:
a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
formados de:
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Língua Portuguesa 10
APOSTILAS OPÇÃO
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e altofalantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água-decolônia
e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalovapor
e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determinante
do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo
anterior.
palavra-chave - palavras-chave
bomba-relógio - bombas-relógio
notícia-bomba - notícias-bomba
homem-rã - homens-rã
d) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas
e) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Plural das Palavras Substantivadas
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes
gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as
flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
O aluno errou na prova dos noves.
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não
variam no plural.
Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
Plural dos Diminutivos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e
acrescenta-se o sufixo diminutivo.
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
animai(s) + zinhos = animaizinhos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas
flore(s) + zinhas = florezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas
papéi(s) + zinhos = papeizinhos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos
pé(s) + zitos = pezitos
Plural dos Nomes Próprios Personativos
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre
que a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados.
As Raquéis e Esteres.
Plural dos Substantivos Estrangeiros
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos
como na língua original, acrescentando -se “s” (exceto quando
terminam em “s” ou “z”).
os shows os shorts os jazz
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com
as regras de nossa língua:
os clubes os chopes
os jipes os esportes
as toaletes os bibelôs
os garçons os réquiens
Observe o exemplo:
Este jogador faz gols toda vez que joga.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
Plural com Mudança de Timbre
Certos substantivos formam o plural com mudança de
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético
chamado metafonia (plural metafônico).
Singular Plural Singular Plural
corpo (ô)
esforço
fogo
forno
fosso
imposto
olho
corpos (ó)
esforços
fogos
fornos
fossos
impostos
olhos
osso (ô)
ovo
poço
porto
posto
rogo
tijolo
ossos (ó)
ovos
poços
portos
postos
rogos
tijolos
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos,
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
molho (ó) = feixe (molho de lenha).
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
a) Há substantivos que só se usam no singular:
o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
b) Outros só no plural:
as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus
(naipes de baralho), as fezes.
c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular:
bem (virtude) e bens (riquezas)
honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem,
títulos)
d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com
sentido de plural:
Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
improvisadas.
Flexão de Grau do Substantivo
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as
variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado
normal. Por exemplo: casa
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser.
Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que
indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
aumento. Por exemplo: casarão.
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser.
Pode ser:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que
indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
diminuição. Por exemplo: casinha.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php
Questões
01. A flexão de número do termo “preços-sombra” também
ocorre com o plural de
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Língua Portuguesa 11
APOSTILAS OPÇÃO
(A) reco-reco.
(B) guarda-costa.
(C) guarda-noturno.
(D) célula-tronco.
(E) sem-vergonha.
02. Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam
flexionadas de acordo com a norma-padrão.
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos.
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos!
03. Indique a alternativa em que a flexão do substantivo está
errada:
A) Catalães.
B) Cidadãos.
C) Vulcães.
D) Corrimões.
Respostas
1-D / 2-D / 3-C
Adjetivo
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa
bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
moça bondade, pessoa bondade.
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro
de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Adjetivo Pátrio
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe
alguns deles:
Estados e cidades brasileiros:
Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense
Adjetivo Pátrio Composto
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo:
Competições teuto-inglesas
América américo- / Por exemplo: Companhia
américo-africana
Bélgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgofranceses
China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses
Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispanoportuguês
Europa euro- / Por exemplo: Negociações euroamericanas
França franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões
franco-italianas
Grécia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras angloportuguesas
Itália ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítaloportuguesa
Japão nipo- / Por exemplo: Associações nipobrasileiras
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
Flexão dos adjetivos
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Gênero dos Adjetivos
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem
(masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos,
classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
outra para o feminino.
Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino
somente o último elemento.
Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norteamericana.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
político-social.
Número dos Adjetivos
Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos
simples.
Por exemplo:
mau e maus
feliz e felizes
ruim e ruins
boa e boas
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo,
ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é
originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando
um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável.
Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Veja outros exemplos:
Motos vinho (mas: motos verdes)
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
Adjetivo Composto
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente,
esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento
concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam
na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que
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Língua Portuguesa 12
APOSTILAS OPÇÃO
formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado,
todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a
palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto;
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro
ficará invariável. Por exemplo:
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Observe
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo
composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
- O adjetivo composto pele-vermelha têm os dois elementos
flexionados.
Grau do Adjetivo
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a
intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
o comparativo e o superlativo.
Comparativo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características
atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade,
de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos
abaixo:
1) Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
2) Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de
Superioridade Analítico
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é
analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”.
3) O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de
Superioridade Sintético
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim.
São eles:
bom-melhor
pequeno-menor
mau-pior
alto-superior
grande-maior
baixo-inferior
Observe que:
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade,
pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas
entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar
as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais
pequeno.
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de
dois elementos.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas
qualidades de um mesmo elemento.
4) Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de
Inferioridade
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo
O superlativo expressa qualidades num grau muito
elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um
ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se
nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O
secretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
sufixos.
Por exemplo:
O secretário é inteligentíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
benéfico beneficentíssimo
bom boníssimo ou ótimo
comum comuníssimo
cruel crudelíssimo
difícil dificílimo
doce dulcíssimo
fácil facílimo
fiel fidelíssimo
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser
é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação
pode ser:
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
Note bem:
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc.,
antepostos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas
formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem
vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo
latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo:
fidelíssimo, facílimo, paupérrimo.
A forma popular é constituída do radical do adjetivo
português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo,
necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas
seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável
hiato i-í.
Questões
01. Leia o texto a seguir.
Violência epidêmica
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora
possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes
sociais, é nos bairros pobres que ela adquire características
epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades
de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes
centros urbanos e se dissemina pelo interior.
As estratégias que as sociedades adotam para combater a
violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito
pouco no decorrer do século 20, ao contrário dos avanços
ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras
enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações
nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências
agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas
que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de
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Língua Portuguesa 13
APOSTILAS OPÇÃO
seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que
tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao
desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três
fatores principais na formação das personalidades com maior
inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos,
humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não
lhes impuseram limites de disciplina.
3) Associação com grupos de jovens portadores de
comportamento antissocial.
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças
que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à
falta de acesso aos recursos materiais, à desigualdade social,
esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a
violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a
resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o
criminoso fica impedido de delinquir apenas enquanto estiver
preso.
Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares
e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao
mesmo tempo, na prisão, terá criado novas amizades e conexões
mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda.
Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa,
aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias continuarão
superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a
criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo.
Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os
policiais a executar sua função com dignidade, criar leis que
acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e
construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas
preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão
capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de integrá-los
na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das
práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento
artístico.
(Drauzio Varella. In Folha de S.Paulo, 9 mar.2002. Adaptado)
Em – características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas
corresponde a – características de epidemias.
Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo
em destaque corresponde, corretamente, à expressão indicada.
A) água fluvial – água da chuva.
B) produção aurífera – produção de ouro.
C) vida rupestre – vida do campo.
D) notícias brasileiras – notícias de Brasília.
E) costela bovina – costela de porco.
02.Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto:
A) azul-celeste
B) azul-pavão
C) surda-muda
D) branco-gelo
Respostas
1-B / 2-C
Pronome
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele
se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de
alguma forma.
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
[referência ao nome]
Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possuem significados
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de
um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata
daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no
ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos
e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal
apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar,
indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude
dessa característica, os pronomes apresentam uma forma
específica para cada pessoa do discurso.
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número
(singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através
do pronome seja coerente em termos de gênero e número
(fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando
este se apresenta ausente no enunciado.
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile
da nossa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância
adequada]
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância
inadequada]
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Pronomes Pessoais
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”,
“você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”,
“eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de
quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções
que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
oblíquo.
Pronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença,
exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Nós lhe ofertamos flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero
(apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o
quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi
ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”,
comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os
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Língua Portuguesa 14
APOSTILAS OPÇÃO
pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a
na praça”, “Trouxeram-me até aqui”.
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas
verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do
verbo indicadas pelo pronome reto.
Fizemos boa viagem. (Nós)
Pronome Oblíquo
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença,
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou
indireto) ou complemento nominal.
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante
do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da
oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Pronome Oblíquo Átono
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são
precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca.
Ele me deu um presente.
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
Observações:
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o
pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar
diretamente uma preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a
função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos
diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como
objetos diretos.
Saiba que:
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo,
mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, nola,
no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas
nos exemplos que seguem:
- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a
vocês?
- Sim, entreguei-to ainda há
pouco.
- Não, no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações não são usadas;
até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
Atenção:
Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois
de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z,
-s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo
tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo: fiz + o = fi-lo
fazei + o = fazei-os
dizer + a = dizê-la
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume
as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na
tem + as = tem-nas
Pronome Oblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre
precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de
e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim
configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico
são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os
pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.
Atenção:
Há construções em que a preposição, apesar de surgir
anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo
verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito
expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso
reto.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.
- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes
originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos
frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de
companhia.
Ele carregava o documento consigo.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com
nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados
por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou
algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.
Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem
como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração.
Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo
verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.
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Língua Portuguesa 15
APOSTILAS OPÇÃO
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.
A Segunda Pessoa Indireta
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando
utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso
interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na
terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:
Pronomes de Tratamento
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e
oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de
universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento
cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus
Também são pronomes de tratamento o senhor, a
senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados
no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento
familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente;
em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à
linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em
relação à pessoa com quem falamos.
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este
encontro.
Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o
Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijamse
à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª
pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os
pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar
na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas,
para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim,
por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo
na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus
cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus
cabelos. (correto)
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
Observe o quadro:
Número Pessoa Pronome
singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa
gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com
o objeto possuído.
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento
difícil.
Observações:
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da
alteração fonética da palavra senhor.
- Muito obrigado, seu José.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse.
Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade.
- Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado.
Ele já deve ter seus 40 anos.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo.
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
concorda com o mais próximo.
Trouxe-me seus livros e anotações.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos
átonos assumem valor de possessivo.
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a
posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto.
Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou
discurso.
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro
está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro
está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que
fala.
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Língua Portuguesa 16
APOSTILAS OPÇÃO
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de
fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro
localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação
ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade
destinatária).
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que
envia a mensagem).
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere
ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a
um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se
referindo a um passado distante.
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que
te indiquei.)
- mesmo(s), mesma(s):
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
- próprio(s), própria(s):
Os próprios alunos resolveram o problema.
- semelhante(s):
Não compre semelhante livro.
- tal, tais:
Tal era a solução para o problema.
Note que:
a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
construções redundantes, com finalidade expressiva, para
salientar algum termo anterior. Por exemplo:
Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso.
Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte!
b) O pronome demonstrativo neutro ou pode representar
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que
aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto.
O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam.
c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer,
chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes
de).
Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.
d) Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro
lugar.
O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos;
aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado]
e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica.
A menina foi a tal que ameaçou o professor?
f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com
pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso,
nisso, no, etc.
Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
Pronomes Indefinidos
São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso,
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade
indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recémplantadas.
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano
que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou
não se quer revelar.
Classificam-se em:
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar
do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São
eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém,
outrem, quem, tudo.
Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora
pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco.
Os pronomes indefinidos podem ser divididos
em variáveis e invariáveis. Observe:
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto,
outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária,
tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns,
todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas,
nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo,
cada.
São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um,
qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for,
seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou
qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
Cada um escolheu o vinho desejado.
Indefinidos Sistemáticos
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
percebemos que existem alguns grupos que criam oposição
de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido
afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo;
todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/
nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém,
que se referem à pessoa, e algo/nada, que se referem à coisa;
certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
Essas oposições de sentido são muito importantes na
construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos
expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes
indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem
parte:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
prático.
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
pessoas quaisquer.
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Língua Portuguesa 17
APOSTILAS OPÇÃO
Pronomes Relativos
São aqueles que representam nomes já mencionados
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um
grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros =
oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema”
é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome
demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
expresso.
Quem casa, quer casa.
Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais,
cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
Note que:
a) O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego,
sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for
um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para
verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter
várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são
usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza
ou depois de determinadas preposições:
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o
qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria
ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas
dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)
c) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se
refere a uma oração.
Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a
sua vocação natural.
d) O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente,
mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais,
das quais.
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
(antecedente) (consequente)
e) “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente
um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Emprestei tantos quantos foram necessários.
(antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente)
f) O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre
precedido de preposição.
É um professor a quem muito devemos.
(preposição)
g) “Onde”, como pronome relativo, sempre possui
antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
A casa onde morava foi assaltada.
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em
que.
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
exterior.
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
- como (= pelo qual)
Não me parece correto o modo como você agiu semana
passada.
- quando (= em que)
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações
numa só frase.
O futebol é um esporte.
O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode
ocorrer a elipse do relativo “que”.
A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria,
(que) fumava.
Pronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas
ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referemse
à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes
interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas
preferes.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos
passageiros desembarcaram.
Sobre os pronomes:
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de
sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando
desempenha função de complemento. Vamos entender,
primeiramente, como o pronome pessoal surge na frase e que
função exerce. Observe as orações:
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia ajudálo.
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto.
Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo
função de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a
segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia
ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe).
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do
pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo
“ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou
entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”)
estiver no infinitivo ou gerúndio.
Eu desejo lhe perguntar algo.
Eu estou perguntando-lhe algo.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos:
os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente
dos segundos que são sempre precedidos de preposição.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu
estava fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que
eu estava fazendo.
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Língua Portuguesa 18
APOSTILAS OPÇÃO
Questões
01. Observe as sentenças abaixo.
I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam.
II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamonos
inimigas desde aquele episódio.
III. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável.
O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma
culta da língua portuguesa em:
(A) apenas uma das sentenças
(B) apenas duas das sentenças.
(C) nenhuma das sentenças.
(D) todas as sentenças.
02. Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou
que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com
amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer.
Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará
formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo
mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de
transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam
o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos
fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais
que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos
mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são
mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem
fora dela.
Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito
geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo
mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles
transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe
apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando
uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos,
inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das
redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às
informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com
ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro
dizer “não” ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba
adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização
do conceito de amizade.
É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou
diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente
assimétrica. E isso faz com que as redes de “seguidores” e
“seguidos” de alguém possam se comunicar de maneira muito
mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo
Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu
que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si
independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto
em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas.
No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e
começar a te seguir. Nós não nos conhecemos.
Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu
nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também
podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você.
Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as
pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre
si.
Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em:
<http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internetestamudando-
amizade-619645.shtml>.
Considere as seguintes afirmações sobre a relação que se
estabelece entre algumas palavras do texto e os elementos a que
se referem.
I. No segmento que nascem, a palavra que se refere a
amizades.
II. O segmento elos fracos retoma o segmento uma forma
superficial de amizade.
III. Na frase Nós não nos conhecemos, o pronome Nós referese
aos pronomes eu e você.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
(E) I, II e III.
03. Observe a charge a seguir.
Em relação à charge acima, assinale a afirmativa inadequada.
(A) A fala do personagem é uma modificação intencional de
uma fala de Cristo.
(B) As duas ocorrências do pronome “eles” referem-se a
pessoas distintas.
(C) A crítica da charge se dirige às autoridades políticas no
poder.
(D) A posição dos braços do personagem na charge repete a
de Cristo na cruz.
(E) Os elementos imagísticos da charge estão distribuídos de
forma equilibrada.
Respostas
01. A\02. E\03. B
Verbo
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
ocorrência (nascer); desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus
possíveis significados. Observe que palavras como corrida,
chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns
verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as
possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Estrutura das Formas Verbais
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
apresentar os seguintes elementos:
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado
essencial do verbo. Por exemplo:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a
conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r
São três as conjugações:
1ª - Vogal Temática - A - (falar)
2ª - Vogal Temática - E - (vender)
3ª - Vogal Temática - I - (partir)
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o
tempo e o modo do verbo.
Por exemplo:
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa
a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou
plural).
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
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Língua Portuguesa 19
APOSTILAS OPÇÃO
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a
forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do
verbo: põe, pões, põem, etc.
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos
verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com
facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no
radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas
formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim
na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
Classificação dos Verbos
Classificam-se em:
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações
no radical.
Por exemplo: canto cantei cantarei cantava cantasse
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações
no radical ou nas desinências.
Por exemplo: faço fiz farei fizesse
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação
completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais.
- Impessoais: são os verbos que não têm sujeito.
Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os
principais verbos impessoais são:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se
ou fazer (em orações temporais).
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia.
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza
são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci malhumorado”,
usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado.
Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado,
deixa de ser impessoal para ser pessoal.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
d) São impessoais, ainda:
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo.
Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de,
indicando suficiência. Ex.:
Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem,
Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência
a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos,
então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser
possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos
pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de
animais; eis alguns:
bramar: tigre
bramir: crocodilo
cacarejar: galinha
coaxar: sapo
cricrilar: grilo
Os principais verbos unipessoais são:
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer,
ser (preciso, necessário, etc.).
Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
bastante.)
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da
conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia.
(Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
- Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do
indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
provavelmente causaria problemas de interpretação em certos
contextos.
verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do
indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas
verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é
o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a
popularização da informática, tem sido conjugado em todos os
tempos, modos e pessoas.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma
forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares
terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas
curtas (particípio irregular). Observe:
Infinitivo Particípio regular Particípio irregular
Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto
e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical
em sua conjugação.
Por exemplo:
Ir Pôr Ser Saber
vou
vais
ides
fui
foste
ponho
pus
pôs
punha
sou
és
fui
foste
seja
sei
sabes
soube
saiba
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Língua Portuguesa 20
APOSTILAS OPÇÃO
f) Auxiliares
São aqueles que entram na formação dos tempos
compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando
acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Vou espantar as moscas.
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)
Está chegando a hora do debate.
(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e
haver.
Conjugação dos Verbos Auxiliares
SER - Modo Indicativo
Presente: eu sou, tu és, ele é, nós somos, vós sois, eles são.
Pretérito Imperfeito: eu era, tu eras, ele era, nós éramos,
vós éreis, eles eram.
Pretérito Perfeito Simples: eu fui, tu foste, ele foi, nós
fomos, vós fostes, eles foram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho sido.
Mais-que-perfeito simples: eu fora, tu foras, ele fora, nós
fôramos, vós fôreis, eles foram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido.
Futuro do Pretérito simples: eu seria, tu serias, ele seria,
nós seríamos, vós seríeis, eles seriam.
Futuro do Pretérito Composto: terei sido.
Futuro do Presente: eu serei, tu serás, ele será, nós seremos,
vós sereis, eles serão.
Futuro do Pretérito Composto: Teria sido.
SER - Modo Subjuntivo
Presente: que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós
sejamos, que vós sejais, que eles sejam.
Pretérito Imperfeito: se eu fosse, se tu fosses, se ele fosse,
se nós fôssemos, se vós fôsseis, se eles fossem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido.
Futuro Simples: quando eu for, quando tu fores, quando ele
for, quando nós formos, quando vós fordes, quando eles forem.
Futuro Composto: tiver sido.
SER - Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo: sê tu, seja ele, sejamos nós, sede
vós, sejam eles.
Imperativo Negativo: não sejas tu, não seja ele, não sejamos
nós, não sejais vós, não sejam eles.
Infinitivo Pessoal: por ser eu, por seres tu, por ser ele, por
sermos nós, por serdes vós, por serem eles.
SER - Formas Nominais
Formas Nominais
Infinitivo: ser
Gerúndio: sendo
Particípio: sido
Infinitivo Pessoal : ser eu, seres tu, ser ele, sermos
nós, serdes vós, serem eles.
ESTAR - Modo Indicativo
Presente: eu estou, tu estás, ele está, nós estamos, vós estais,
eles estão.
Pretérito Imperfeito: eu estava, tu estavas, ele estava, nós
estávamos, vós estáveis, eles estavam.
Pretérito Perfeito Simples: eu estive, tu estiveste, ele
esteve, nós estivemos, vós estivestes, eles estiveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho estado.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera, tu
estiveras, ele estivera, nós estivéramos, vós estivéreis, eles
estiveram.
Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado
Futuro do Presente Simples: eu estarei, tu estarás, ele
estará, nós estaremos, vós estareis, eles estarão.
Futuro do Presente Composto: terei estado.
Futuro do Pretérito Simples: eu estaria, tu estarias, ele
estaria, nós estaríamos, vós estaríeis, eles estariam.
Futuro do Pretérito Composto: teria estado.
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo
Presente: que eu esteja, que tu estejas, que ele esteja, que
nós estejamos, que vós estejais, que eles estejam.
Pretérito Imperfeito: se eu estivesse, se tu estivesses, se
ele estivesse, se nós estivéssemos, se vós estivésseis, se eles
estivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado
Futuro Simples: quando eu estiver, quando tu estiveres,
quando ele estiver, quando nós estivermos, quando vós
estiverdes, quando eles estiverem.
Futuro Composto: Tiver estado.
Imperativo Afirmativo: está tu, esteja ele, estejamos nós,
estai vós, estejam eles.
Imperativo Negativo: não estejas tu, não esteja ele, não
estejamos nós, não estejais vós, não estejam eles.
Infinitivo Pessoal: por estar eu, por estares tu, por estar ele,
por estarmos nós, por estardes vós, por estarem eles.
Formas Nominais
Infinitivo: estar
Gerúndio: estando
Particípio: estado
ESTAR - Formas Nominais
Infinitivo Impessoal: estar
Infinitivo Pessoal: estar, estares, estar, estarmos, estardes,
estarem.
Gerúndio: estando
Particípio: estado
HAVER - Modo Indicativo
Presente: eu hei, tu hás, ele há, nós havemos, vós haveis, eles
hão.
Pretérito Imperfeito: eu havia, tu havias, ele havia, nós
havíamos, vós havíeis, eles haviam.
Pretérito Perfeito Simples: eu houve, tu houveste, ele
houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho havido.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera, tu
houveras, ele houvera, nós houvéramos, vós houvéreis, eles
houveram.
Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido.
Futuro do Presente Simples: eu haverei, tu haverás, ele
haverá, nós haveremos, vós havereis, eles haverão.
Futuro do Presente Composto: terei havido.
Futuro do Pretérito Simples: eu haveria, tu haverias, ele
haveria, nós haveríamos, vós haveríeis, eles haveriam.
Futuro do Pretérito Composto: teria havido.
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Modo Subjuntivo
Presente: que eu haja, que tu hajas, que ele haja, que nós
hajamos, que vós hajais, que eles hajam.
Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles
houvessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido.
Futuro Simples: quando eu houver, quando tu houveres,
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós
houverdes, quando eles houverem.
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Língua Portuguesa 21
APOSTILAS OPÇÃO
Futuro Composto: tiver havido.
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós,
hajam eles.
Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não
hajamos nós, não hajais vós, não hajam eles.
Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver
ele, por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.
HAVER - Formas Nominais
Infinitivo Impessoal: haver, haveres, haver, havermos,
haverdes, haverem.
Infinitivo Pessoal: haver
Gerúndio: havendo
Particípio: havido
TER - Modo Indicativo
Presente: eu tenho, tu tens, ele tem, nós temos, vós tendes,
eles têm.
Pretérito Imperfeito: eu tinha, tu tinhas, ele tinha, nós
tínhamos, vós tínheis, eles tinham.
Pretérito Perfeito Simples: eu tive, tu tiveste, ele teve, nós
tivemos, vós tivestes, eles tiveram.
Pretérito Perfeito Composto: tenho tido.
Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera, tu tiveras,
ele tivera, nós tivéramos, vós tivéreis, eles tiveram.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido.
Futuro do Presente Simples: eu terei, tu terás, ele terá, nós
teremos, vós tereis, eles terão.
Futuro do Presente: terei tido.
Futuro do Pretérito Simples: eu teria, tu terias, ele teria,
nós teríamos, vós teríeis, eles teriam.
Futuro do Pretérito composto: teria tido.
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Modo Subjuntivo
Presente: que eu tenha, que tu tenhas, que ele tenha, que
nós tenhamos, que vós tenhais, que eles tenham.
Pretérito Imperfeito: se eu tivesse, se tu tivesses, se ele
tivesse, se nós tivéssemos, se vós tivésseis, se eles tivessem.
Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido.
Futuro: quando eu tiver, quando tu tiveres, quando ele tiver,
quando nós tivermos, quando vós tiverdes, quando eles tiverem.
Futuro Composto: tiver tido.
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo: tem tu, tenha ele, tenhamos nós,
tende vós, tenham eles.
Imperativo Negativo: não tenhas tu, não tenha ele, não
tenhamos nós, não tenhais vós, não tenham eles.
Infinitivo Pessoal: por ter eu, por teres tu, por ter ele, por
termos nós, por terdes vós, por terem eles.
g) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com
os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma
pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais
acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio
sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os
pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se,
ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos
verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita
no radical do verbo. Por exemplo:
Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem
um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma,
pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o
pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Dizse
que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e
respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito
faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos
transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser
conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se
chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria
penteou-me.
Observações:
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes
oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais,
são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes,
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito,
exercem funções sintáticas.
Por exemplo:
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto
direto) - 1ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo
verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três
modos:
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo:
Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por
exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por
exemplo: Estuda agora, menino.
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas
que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais.
Observe:
- a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo
de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de
substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro.
b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal;
nas demais, flexiona- -se da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.:termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.:terdes (vós)
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.:terem (eles)
Por exemplo:
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
- c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou
advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
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Língua Portuguesa 22
APOSTILAS OPÇÃO
advérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso;
na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
- d) Particípio: quando não é empregado na formação dos
tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e
grau. Por exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
(adjetivo verbal). Por exemplo:
Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala,
a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
Veja:
1. Tempos do Indicativo
- Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo:
Eu estudo neste colégio.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num
momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi
interrompido.
- Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido
num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado.
Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve
início no passado e que pode se prolongar até o momento atual.
Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames.
- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido
antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já tinha
estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma
composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
(forma simples)
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve
ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual.
Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã.
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve
ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado
antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal,
os alunos já terão terminado o teste.
- Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode
ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por
exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
- Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que
poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato
passado. Por exemplo: Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria
viajado nas férias.
2. Tempos do Subjuntivo
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento
atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas
posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que
ele vencesse o jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções
em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo:
Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente
terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha
estudado bastante, não passou no teste.
- Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode
ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo:
Quando ele vier à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que
indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
levará as encomendas.
- Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior
ao momento atual mas já terminado antes de outro fato
futuro. Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o
visitaremos.
Presente do Indicativo
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação / Desinência
pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
Pretérito Perfeito do Indicativo
1ª conjugação/2ª conjugação/3ª conjugação/Desinência
pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM AM
Pretérito mais-que-perfeito
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. /Desin. Temp. /Desin. Pess.
1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR - -
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
Pretérito Imperfeito do Indicativo
1ª conjugação / 2ª conjugação / 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM
Futuro do Presente do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão
Futuro do Pretérito do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM
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Língua Portuguesa 23
APOSTILAS OPÇÃO
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a
desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou
pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
1ª conj./2ª conj./3ª conju./Des.Temp./Des.temp./Des. pess
1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a
desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse
tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.
1ª conj. 2ª conj. 3ª conj. Des. temporal Desin. pessoal
1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíssemos SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSE vendeSSEM partiSSEM SSE M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência
-STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendose,
assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a
desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa
correspondente.
1ª conj. / 2ª conj. / 3ª conj. / Des. temp. /Desin. pess.
1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM
Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente
do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do
plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm,
sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Pres. do Indicativo Imperativo Afirm. Pres. do Subjuntivo
Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a
negação às formas do presente do subjuntivo.
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa
(singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se
fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu),
sede (vós).
Infinitivo Impessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM
Questões
01. Considere o trecho a seguir. É comum que objetos
___ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos
poderiam ser evitados se as pessoas ______ a atenção voltada
para seus pertences, conservando-os junto ao corpo. Assinale a
alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
do texto.
(A) sejam … mantesse
(B) sejam … mantivessem
(C) sejam … mantém
(D) seja … mantivessem
(E) seja … mantêm
02. Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão
apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução
verbal em destaque expressa ação
(A) concluída.
(B) atemporal.
(C) contínua.
(D) hipotética.
(E) futura.
03. (Escrevente TJ SP Vunesp) Sem querer estereotipar,
mas já estereotipando: trata--se de um ser cujas interações sociais
terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
(C) adotar como referência de qualidade.
(D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.
Respostas
1-B / 2-C / 3-E
Advérbio
O advérbio, assim como muitas outras palavras existentes
na Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo,
tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade,
contiguidade.
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Língua Portuguesa 24
APOSTILAS OPÇÃO
Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no
sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias
em que esse processo se desenvolve.
O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de
caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não
é modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também
modifica o adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns
exemplos:
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto,
você está até bem informado.
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo
alheio, representando uma qualidade, característica.
O artista canta muito mal.
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro
advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos
verificar que se tratava de somente uma palavra funcionando
como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por
mais de uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar
tal função. Temos aí o que chamamos de locução adverbial,
representada por algumas expressões, tais como: às vezes, sem
dúvida, frente a frente, de modo algum, entre outras.
Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo das
circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classificam em
distintas categorias, uma vez expressas por:
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às
claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse
jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado
a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam
em -mente: calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente,
bondosamente, generosamente
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão,
tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de
muito, por completo.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim,
afinal, breve, constantemente, entrementes, imediatamente,
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes,
à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de
quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos,
em breve, hoje em dia
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás,
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde,
longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora,
alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância,
à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda,
ao lado, em volta
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente,
provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto,
efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras,
indubitavelmente
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente,
simplesmente, só, unicamente
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
de designação: Eis
de interrogação: onde?(lugar), como?(modo),
quando?(tempo), por quê?(causa), quanto?(preço e intensidade),
para quê?(finalidade)
Locução adverbial
É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
Exemplo:
Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
Há locuções adverbiais que possuem advérbios
correspondentes.
Exemplo:
Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente.
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são
flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única
flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios
é a de grau:
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
inconstitucionalissimamente, etc;
Diminutivo: diminui a intensidade.
Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, devagar -
devagarinho,
Questões
01. Leia os quadrinhos para responder a questão.
(Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano. Português. Volume
Único)
No primeiro e segundo quadrinhos, estão em destaque dois
advérbios: AÍ e ainda.
Considerando que advérbio é a palavra que modifica
um verbo, um outro advérbio ou um adjetivo, expressando
a circunstância em que determinado fato ocorre, assinale
a alternativa que classifica, correta e respectivamente, as
circunstâncias expressas por eles.
A) Lugar e negação.
B) Lugar e tempo.
C) Modo e afirmação.
D) Tempo e tempo.
E) Intensidade e dúvida.
02. Leia o texto a seguir.
Impunidade é motor de nova onda de agressões
Repetidos episódios de violência têm sido noticiados nas
últimas semanas. Dois que chamam a atenção, pela banalidade
com que foram cometidos, estão gerando ainda uma série de
repercussões.
Em Natal, um garoto de 19 anos quebrou o braço da
estudante de direito R.D., 19, em plena balada, porque ela teria
recusado um beijo. O suposto agressor já responde a uma ação
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Língua Portuguesa 25
APOSTILAS OPÇÃO
penal, por agressão, movida por sua ex-mulher.
No mesmo final de semana, dois amigos que saíam de uma
boate em São Paulo também foram atacados por dois jovens
que estavam na mesma balada, e um dos agredidos teve a perna
fraturada. Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
sucesso, de duas garotas que eram amigas dos rapazes que
saíam da boate. Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não
passou de um engano e que o rapaz teria fraturado a perna ao
cair no chão.
Curiosamente, também é possível achar um blog que diz
que R.D., em Natal, foi quem atacou o jovem e que seu braço se
quebrou ao cair no chão.
Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos
felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão
ajudar a polícia na investigação.
O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
quebrando por aí ao cair no chão, não é mesmo? As agressões
devem ser rigorosamente apuradas e, se houver culpados, que
eles sejam julgados e condenados.
A impunidade é um dos motores da onda de violência que
temos visto. O machismo e o preconceito são outros. O perfil
impulsivo de alguns jovens (amplificado pela bebida e por
outras substâncias) completa o mecanismo que gera agressões.
Sem interferir nesses elementos, a situação não vai mudar.
Maior rigor da justiça, educação para a convivência com o outro,
aumento da tolerância à própria frustração e melhor controle
sobre os impulsos (é normal levar um “não”, gente!) são alguns
dos caminhos.
(Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, 24.10.2011. Adaptado)
Assinale a alternativa cuja expressão em destaque apresenta
circunstância adverbial de modo.
A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda
uma série de repercussões.
B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em
plena balada…
C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem
sucesso, de duas amigas…
D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou
de um engano...
E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se
quebrando por aí…
03. Leia o texto a seguir.
Cultura matemática
Hélio Schwartsman
SÃO PAULO – Saiu mais um estudo mostrando que o ensino
de matemática no Brasil não anda bem. A pergunta é: podemos
viver sem dominar o básico da matemática? Durante muito
tempo, a resposta foi sim. Aqueles que não simpatizavam muito
com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas
quais os números não encontravam muito espaço, como direito,
jornalismo, as humanidades e até a medicina de antigamente.
Como observa Steven Pinker, ainda hoje, nos meios
universitários, é considerado aceitável que um intelectual se
vanglorie de ter passado raspando em física e de ignorar o beabá
da estatística. Mas ai de quem admitir nunca ter lido Joyce ou
dizer que não gosta de Mozart. Sobre ele recairão olhares tão
recriminadores quanto sobre o sujeito que assoa o nariz na
manga da camisa.
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
prática. Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental, mesmo
para quem não pretende ser engenheiro ou seguir carreiras
técnicas.
Como sobreviver à era do crédito farto sem saber calcular as
armadilhas que uma taxa de juros pode esconder? Hoje, é difícil
até posicionar-se de forma racional sobre políticas públicas sem
assimilar toda a numeralha que idealmente as informa.
Conhecimentos rudimentares de estatística são pré-requisito
para compreender as novas pesquisas que trazem informações
relevantes para nossa saúde e bem-estar.
A matemática está no centro de algumas das mais intrigantes
especulações cosmológicas da atualidade. Se as equações da
mecânica quântica indicam que existem universos paralelos,
isso basta para que acreditemos neles? Ou, no rastro de Eugene
Wigner, podemos nos perguntar por que a matemática é tão
eficaz para exprimir as leis da física.
Releia os trechos apresentados a seguir.
- Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras
podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números
não encontravam muito espaço... (1.º parágrafo)
- Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma
ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental...(3.º
parágrafo)
Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e
respectivamente, circunstâncias de
A) afirmação e de intensidade.
B) modo e de tempo.
C) modo e de lugar.
D) lugar e de tempo.
E) intensidade e de negação.
Respostas
1-B / 2-C / 3-B
Preposição
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar
termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente
há uma subordinação do segundo termo em relação ao
primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores
semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente
como preposições.
A, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre,
para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes
gramaticais que podem atuar como preposições.
Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão,
visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo
como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas.
Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de
acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de,
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por
trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode
unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em
gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da
preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra
palavra pode se dar a partir de dois processos:
1. Combinação: A preposição não sofre alteração.
preposição a + artigos definidos o, os
a + o = ao
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
Preposição + Artigos
De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s)
De + um = dum
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Língua Portuguesa 26
APOSTILAS OPÇÃO
De + uns = duns
De + uma = duma
De + umas = dumas
Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
Em + um = num
Em + uma = numa
Em + uns = nuns
Em + umas = numas
A + à(s) = à(s)
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)
Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s)
De + esse(s) = desse(s)
De + essa(s) = dessa(s)
De + aquele(s) = daquele(s)
De + aquela(s) = daquela(s)
De + isto = disto
De + isso = disso
De + aquilo = daquilo
De + aqui = daqui
De + aí = daí
De + ali = dali
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s)
Em + este(s) = neste(s)
Em + esta(s) = nesta(s)
Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto
Em + isso = nisso
Em + aquilo = naquilo
A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s)
A + aquilo = àquilo
Dicas sobre preposição
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal
oblíquo e artigo. Como distingui-los?
- Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo.
Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular
e feminino.
A dona da casa não quis nos atender.
Como posso fazer a Joana concordar comigo?
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar
um tratamento adequado.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/
ou a função de um substantivo.
Temos Maria como parte da família. / A temos como parte
da família
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. /
Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
preposições:
Destino = Irei para casa.
Modo = Chegou em casa aos gritos.
Lugar = Vou ficar em casa;
Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o
tratamento.
Instrumento = Escreveu a lápis.
Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
Companhia = Estarei com ele amanhã.
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
Questões
01. Leia o texto a seguir.
“Xadrez que liberta”: estratégia, concentração e reeducação
João Carlos de Souza Luiz cumpre pena há três anos e dois
meses por assalto. Fransley Lapavani Silva está há sete anos
preso por homicídio. Os dois têm 30 anos. Além dos muros,
grades, cadeados e detectores de metal, eles têm outros pontos
em comum: tabuleiros e peças de xadrez.
O jogo, que eles aprenderam na cadeia, além de uma válvula
de escape para as horas de tédio, tornou-se uma metáfora para o
que pretendem fazer quando estiverem em liberdade.
“Quando você vai jogar uma partida de xadrez, tem que pensar
duas, três vezes antes. Se você movimenta uma peça errada,
pode perder uma peça de muito valor ou tomar um xeque-mate,
instantaneamente. Se eu for para a rua e movimentar a peça
errada, eu posso perder uma peça muito importante na minha
vida, como eu perdi três anos na cadeia. Mas, na rua, o problema
maior é tomar o xeque-mate”, afirma João Carlos.
O xadrez faz parte da rotina de cerca de dois mil internos
em 22 unidades prisionais do Espírito Santo. É o projeto “Xadrez
que liberta”. Duas vezes por semana, os presos podem praticar
a atividade sob a orientação de servidores da Secretaria de
Estado da Justiça (Sejus). Na próxima sexta-feira, será realizado
o primeiro torneio fora dos presídios desde que o projeto foi
implantado. Vinte e oito internos de 14 unidades participam da
disputa, inclusive João Carlos e Fransley, que diz que a vitória
não é o mais importante.
“Só de chegar até aqui já estou muito feliz, porque eu não
esperava. A vitória não é tudo. Eu espero alcançar outras coisas
devido ao xadrez, como ser olhado com outros olhos, como
estou sendo olhado de forma diferente aqui no presídio devido
ao bom comportamento”.
Segundo a coordenadora do projeto, Francyany Cândido
Venturin, o “Xadrez que liberta” tem provocado boas mudanças
no comportamento dos presos. “Tem surtido um efeito positivo
por eles se tornarem uma referência positiva dentro da unidade,
já que cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e
pensam melhor nas suas ações, refletem antes de tomar uma
atitude”.
Embora a Sejus não monitore os egressos que ganham a
liberdade, para saber se mantêm o hábito do xadrez, João Carlos
já faz planos. “Eu incentivo não só os colegas, mas também
minha família. Sou casado e tenho três filhos. Já passei para a
minha família: xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar”.
“Medidas de promoção de educação e que possibilitem que o
egresso saia melhor do que entrou são muito importantes. Nós
não temos pena de morte ou prisão perpétua no Brasil. O preso
tem data para entrar e data para sair, então ele tem que sair
sem retornar para o crime”, analisa o presidente do Conselho
Estadual de Direitos Humanos, Bruno Alves de Souza Toledo.
(Disponível em: www.inapbrasil.com.br/en/noticias/xadrez-queliberta-
estrategia-concentracao-e-reeducacao/6/noticias. Adaptado)
No trecho –... xadrez, quando eu sair para a rua, todo mundo
vai ter que aprender porque vai rolar até o torneio familiar.– o
termo em destaque expressa relação de
A) espaço, como em – Nosso diretor foi até Brasília para falar
do projeto “Xadrez que liberta”.
B) inclusão, como em – O xadrez mudou até o nosso modo
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